segunda-feira, 29 de março de 2010

Responda-me, por favor!


Por que palavras como “paixão”, “fogo”, “glória”, “poder” e “unção” vendem muito mais CD’s do que “graça”, “misericórdia” e “perdão”?

Por que aqueles que mais falam sobre “prosperidade” evitam sistematicamente textos como Tg 2.5, 1Tm 6.8 e Hc 3.17-18?

Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como “ajudar os domésticos na fé” e “não amar somente de palavra e de língua, mas de fato e de verdade”? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?

Por que em At 4, quando os apóstolos foram presos, a Igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra “amarrar o espírito de perseguição”, pra “repreender a potestade de Roma”, ou coisa semelhante?

Por que At 2.4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que At 2.42?

Por que todo mundo sabe Jo 3.16 de cor, mas tão pouca gente sabe 1Jo 3.16?

Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?

Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais em situação de conflito: que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hb 11?

Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?

Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo “bonzinho”, paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?

Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como adultério e homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de “prosperidade”?

Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?

Por que, na maioria dos grupos de louvor no Brasil, não há espaço pra quem toca instrumentos brasileiros como o cavaquinho e o berimbau?

Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?

Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis? Por que nossas mensagens mudaram tanto seu teor evangelístico?

Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como “rios de unção” e “chuvas de avivamento”, ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?

Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é “espírito ruim” das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os “espíritos ruins” já foram “amarrados” uma vez, por que todo ano eles precisam ser “amarrados” de novo?

Por que se canta todos os dias “Hoje o meu milagre vai chegar”? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de “hoje”?

Por que Jó não cantou “restitui, eu quero de volta o que é meu”, nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de “campanha de libertação” quando perdeu tudo?

Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, “doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim, por favor”? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?

Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?

Por que se faz apelo ao fim de uma “pregação” que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado? A fé não é pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus?

Por que se enfatiza tanto a ordem bíblica para pregar a Palavra e se negligencia tanto as ordens para fazer justiça social e alimentar os famintos? Quantas vezes cada uma delas aparece na Bíblia?

Por que Dt 28.13 (“o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda”) é tão citado, ao passo que 1Co 4.11-13 (“somos considerados como o lixo do mundo”) ninguém gosta de citar?

Por que quem pensa diferente de nós é sempre “inflexível”, “fariseu” ou “duro de coração” (quando não chamamos de coisa pior)?

(Texto adaptado)

Blitz


Por volta das 18:30h de hoje, plena segunda-feira, fui surpreendido por uma blitz de policiais militares e fiscais do DETRAN. Tudo bem, não tinha nada a temer. Mostrei meus documentos e fui liberado. Enquanto um fiscal ainda olhava meus documentos, vi várias pessoas tendo de deixar seus veículos, fazer telefonemas, chamar “não sei quem”. No meu caso, meus documentos e as condições do veículo eram suficientes. Mas pensei: e se a vida cristã fosse do mesmo jeito?...
Enquanto escrevo essas palavras, lembro das palavras de Paulo: “Todos temos de comparecer ao Tribunal de Cristo...” (1Co 5.10). Querendo ou não, “...temos de comparecer...”. Mas, e se isso acontecesse de vez em quando? Imaginem: estamos acostumados a ir aos cultos, assistir a programação, entregar nossos dízimos e ofertas, cantar, pregar, orar, ajudar ao próximo, e de repente, surpreendentemente, semelhante às blitz, Deus nos parasse e dissesse: “Mostre seus documentos”.

continua...

domingo, 28 de março de 2010

MuitosBéns, Vovô!


Meu avô, Antônio Teodózio da Silva, nasceu em 27 de Março de 1930, completou ontem com muito vigor 80 anos de idade. Talvez não seja tão conhecido pelas pessoas, mas para nossa família ele representa um patriarca de respeito. Com seus incontáveis netos, não sei quantos bisnetos (a casa estava cheia ontem), ele ainda se levanta às 5h da madrugada para ir trabalhar no mercado à beira do Rio Madeira em Porto Velho/RO.

Mas não é só isso que chama atenção nele. É um verdadeiro crente em Jesus. Guiou-me à Igreja desde os primeiros dias de vida. Levou-me aos cultos ao ar-livre. Ensinou-me uma grande parte dos hinos da harpa cristã. Acordava-nos (os netos) ainda bem cedinho para orar em volta de sua cama. Disciplinou-nos, cuidou-nos, foi avô e pai, amou-nos. Perdeu a conta das vezes que já leu a Bíblia. Tudo isso deve ser lembrado.

Por tudo isso, eu devoto a Deus minha mais profunda gratidão por tudo que és para nossa família.

Que tenha muitos anos de vida!

MuitosBéns, Vovô!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aconselhamento Cristão (19ª parte)


ENCAMINHAMENTO DO ACONSELHADO A UM ESPECIALISTA

Uma certeza deve ter o conselheiro: ele é limitado e há uma necessidade de aconselhar o consulente a buscar ajuda de pessoas melhores treinadas (especialistas).

Para esses encaminhamentos, deve-se levar em conta os casos de pessoas profundamente deprimidas ou propensas ao suicídio, que apresentem distúrbios comportamentais graves, tais como: mania de perseguição, alucinações, temores infundados; aqueles que necessitam de serem aconselhados durante um longo tempo, doentes necessitados de atenção médica e pessoas as quais o conselheiro não é capaz de ajudá-las.

É conveniente ao conselheiro manter consigo, uma lista com os nomes e endereços de psicólogos, advogados, médicos e outros profissionais que poderão auxiliar no aconselhamento. Essas pessoas deverão ser de confiança e de preferência crentes.

Princípios a serem observados pelo conselheiro quando for sugerir ao aconselhado que procure outra pessoa capaz de atende-lo:

  • Em primeiro lugar, o conselheiro deve pensar no máximo bem do aconselhado.
  • Em segundo lugar, convém orienta-lo de maneira que a pessoa não se sinta rejeitada pelo conselheiro. Afinal o aconselhado veio depositando alguma confiança no conselheiro, e pode desanimar de continuar no processo de tratamento se concluir que o seu conselheiro não quer ou não pode ajudá-lo.
Collins indica três perigos nesta técnica:

  • O aconselhado pode sentir-se rejeitado;
  • O conselheiro pode apressar-se em aconselhar à pessoa que recorra a uma outra ajuda, não percebendo que ele mesmo poderia ajudar;
  • O conselheiro às vezes sugere a ajuda de outra pessoa que não tem a capacidade de solucionar o problema do aconselhado.
Tão logo o conselheiro conclua que é necessário ao aconselhado recorrer à outra pessoa, deverá começar a prepara-lo para isso. Por exemplo, ele pode dizer: “irmão Tício, talvez o irmão Alfred o possa ajudar mais do que eu”. Deve declarar as razões pelas quais é conveniente buscar ajuda em outro lugar.

Aconselhamento Cristão (18ª parte)


TIPOS DE ACONSELHAMENTO

O aconselhamento pode ser dividido em dois tipos: o aconselhamento educativo-preventivo (impedindo que os problemas ocorram) e o aconselhamento terapêutico (ajuda às pessoas com problemas).

O aconselhamento educacional e preventivo deve preceder o terapêutico e ser uma constante na igreja. Este tipo de aconselhamento deve fazer parte de uma estratégia elaborada pela igreja objetivando um crescimento continuo tanto em quantidade numérica quanto em qualidade de vida cristã.

1. Aconselhamento educativo-preventivo

a) Escolha da profissão

O aconselhamento tem por objetivo levar a pessoa a conhecer melhor suas aptidões, a oferta de ramos profissionais, o mercado de trabalho e conciliar todos esses fatores com o direcionamento de Deus para sua vida pessoal (Ef 2.10). Para realizar este trabalho o conselheiro pode se utilizar de palestras para informação profissional, trazendo profissionais das diversas áreas para prestarem esclarecimentos sobre sua profissão.

b) Escolha do companheiro

O apóstolo Paulo mostra-nos uma única orientação bíblica a respeito da escolha do companheiro: “Não vos ponhais em julgo desigual com os incrédulos...” (2 Co 6.14). Os cristãos só devem se casar com cristãos.

Convém que o conselheiro dê palestras de instrução aos jovens que não escolheram ainda o seu futuro cônjuge. Ele deve ficar atento para a hora de orientar-lhe, antes que se apaixonem, pois, a partir dessa etapa os jovens não estarão mais dispostos a receber conselhos.

Após o casamento, não há como escapar das conseqüências da decisão que foi tomada. Alguns dirão ao conselheiro: “Porque você não nos aconselhou a tempo? Teríamos evitado um grave erro”.

c) Aconselhamento pré-nupcial

Gary Collins observa muito bem em seu livro "Aconselhamento Cristão", que as pessoas passam mais tempo se preparando para a cerimônia e celebração do casamento do que para o matrimônio em si. Tais pessoas estão “edificando a sua casa sobre a areia” (Mt 7.26).

O conselheiro, junto da igreja pode elaborar algumas palestras, encontros, onde os seguintes temas podem ser abordados: ensino bíblico sobre o casamento (responsabilidades do homem e da mulher, relacionamento sexual, criação de filhos, etc.), estabelecimento de uma comunicação eficiente, avaliação da personalidade e expectativas de cada um quanto ao casamento, aprendendo a se relacionar em momentos de crises e, finalmente uma orientação quanto aos preparos pré-nupciais (exames médicos necessários, uso de métodos de anticoncepção, cuidados com orçamento na celebração do matrimônio, etc.).

d) Solteiro

Existe um grande número de pessoas nessa condição em nossas igrejas. Pessoas divorciadas, viúvas ou que ainda não se casaram e que precisam muitas vezes de orientação para melhor conviver com o estado de solteiro. Algumas dessas pessoas tem problemas com relacionamentos, com bloqueios que as impedem de avançar e precisam de ajuda. Por outro lado é preciso reconhecer e tratar o estado de solteiro como “um dom e um estado melhor que o casado” (1Co 7.32-35).

Principais problemas do solteiro: solidão, auto-aceitação, estabelecimento de metas futuras e problemas com o sexo. Essas áreas devem ser trabalhadas pelo aconselhamento enfatizando uma espiritualidade sadia com emoções equilibradas, relações interpessoais (amizades diversificadas com grupos diferentes. Ex.: casais, idosos, jovens), planejamento do futuro a longo, médio e curto prazo, envolvimento em atividades sociais e espirituais na igreja ou instituições de apoio a pessoas.

Com certeza, quando as pessoas solteiras tiverem um espaço de plena aceitação e de prazer na igreja enquanto solteiro, se sentirão mais livres para contraírem um matrimônio pelas motivações adequadas e não para apenas fugir da solidão, da pressão familiar e da sociedade incluindo igreja.

e) Aconselhamento familiar

A família tem sido abalada pelas mais diversas situações de conflitos. É preciso que a igreja desenvolva programas de fortalecimento para os matrimônios estáveis e programas de ajuda para aqueles que podem aproveitar os tempos de crises para o crescimento.

Mudanças nos relacionamentos e nos papéis desempenhados por cada um dos cônjuges tem provocado questionamento de ambas as partes. O abandono da família, espancamento da esposa, abuso de crianças, tédio, sofrimento e infelicidades conjugais tem gerado crises e divórcios.

Através do aconselhamento, o ambiente familiar pode se tornar um espaço de crescimento e realização das potencialidades inerentes a cada pessoa e membro da família, se conformando ao plano estabelecido por Deus (Gn 2.24,25; Sl 128.2,3).

Casais que se casam com a expectativa de um relacionamento de satisfação, comunicação eficiente e crescimento mútuo precisam aprender a desenvolver habilidades que permitam que essas expectativas se concretizem (Pv 5.18).

O conselheiro deve estimular os casais a fortalecerem o matrimonio através de atitudes e pequenos gestos diários. Reservar tempo para estarem juntos relembrando bons momentos, declarando um ao outro suas qualidades, pontos fortes. Compartilhando seus projetos, estabelecendo metas (pequenos alvos), juntos e observando de que forma estão se encaminhando para o alcance dessas metas.

Mais do que estar casado é preciso ser “casado” com o outro, com suas necessidades e com os compromissos do matrimônio (1Co 33,34).

Uma importante área da vida de um casal é área da sexualidade. A intimidade no matrimônio é o resultado da qualidade de relacionamento que possuem em outras áreas da vida. Quando há afetividade, consideração e demonstração de carinho, a vida sexual do casal tende a melhorar (1Co 7.3-5).

f) Aceitando a meia idade e envelhecendo com alegria

Os sentimentos de uma pessoa nesse período da vida estão bastante relacionados ao grau de satisfação que tem em relação às suas escolhas e realizações.

Em torno dos 40 aos 45 anos iniciamos uma fase distinta das nossas vidas. Passamos a refletir sobre as escolhas que fizemos, sobre as mudanças físicas dessa fase, sobre os relacionamentos que temos.

Apesar dos êxitos obtidos a tendência natural é nos concentrarmos no que não conseguimos, ou nas decepções que tivemos com sonhos ainda não alcançados (Hb 12.15; Cl 3.15).

O conselheiro tem a missão de levá-las a uma atenção maior com a saúde, consciente de que o organismo inicia um processo de envelhecimento natural. As mudanças físicas, intelectuais são agora mais acentuadas e é preciso atenção e cuidados especiais. E principalmente, conscientizá-las das oportunidades de grandes realizações, de promessas de momentos alegres que a vida naturalmente lhes reserva e do quanto podem servir melhor a Deus e a sociedade, agora que são pessoas mais experientes.

Geralmente, as pessoas que atravessam bem com maturidade e serenidade a meia idade, são pessoas que estarão mais preparadas para envelhecer com alegria.

Infelizmente, a sociedade não nos prepara para a velhice e nem prepara os mais jovens para honrar e amparar os mais idosos (2 Pe 5.5).

O trabalho de aconselhamento se caracteriza por um acompanhamento contínuo das pessoas que estão vivendo este período.

Ajudá-las a entender e aceitar a transitoriedade da vida, a fragilidade da experiência humana, a apreciar a convivência tranqüila com familiares e amigos (período de aposentadoria), a alegria das pequenas, mas significativas realizações, e o prazer de uma intima comunhão com Deus que continua sua obra de “... aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (2 Pe 5.10).

Dificuldades com aposentadoria, enfermidades e problemas de solidão devem ser trabalhos realizados individualmente com o conselheiro e com grupos de apoio da igreja.

2. Aconselhamento terapêutico

a) Aconselhamento na crise

A crise pode se apresentar de diversas formas e pelos mais diferentes motivos. Pode ser desencadeada por situações inesperadas que alteram, desestabilizam tudo que levamos tempo para construir (morte de alguém querido, perda de emprego, gravidez não planejada, etc.). Pode ser passageira ou persistir durante várias semanas, meses e até anos.

Pode ter se desenvolvido aos poucos, decorrente de problemas mal solucionados. Pode também ser gerado por crises existenciais quando nos depararmos com realidades que não podem ser mudadas, mas, que precisam ser redimensionadas com a velhice. Projetos que não poderão ser concluídos, distanciamento natural dos filhos, etc.

O importante é estar atento a oportunidade de crescimento, de mudança, de reavaliação do que somos e do que queremos para as nossas vidas (1 Pe 1.6-9).

b) Conflitos no casamento

É típico do casamento onde as necessidades não estão sendo satisfeitas, em pelo menos grande parte delas.

Gary Collins entende que a razão de muitos conflitos na família é que antes do casamento as pessoas tendem a enfatizar suas semelhanças e negligenciar suas diferenças.

Quase sempre o conflito conjugal é resultado de problemas pessoais não resolvidos de um ou de ambos os cônjuges. Podem ter sido gerados a partir de sentimentos desenvolvidos na infância, adolescência, e até mesmo no início do casamento que é um período bastante tenso e delicado.

As áreas de maior conflito são geralmente as relacionadas ao sexo, vida financeira, criação de filhos e relacionamento com a família dos cônjuges.

Infelizmente há um número imenso de pessoas vivendo legalmente casadas, mas, emocionalmente separadas. Geralmente os conflitos se evoluem de discussões que se tornam cada vez mais freqüentes e violentas, culminando no abandono ou divórcio.

O conselheiro cristão deve junto ao casal fazer um reconhecimento do problema, causas e efeitos. Em seguida ensiná-los a desenvolver uma comunicação eficiente. Reavaliar junto deles seus posicionamentos em relação a princípios bíblicos de vida cristã e familiar. Em seguida junto deles, ajudarem a descobrir os pontos fortes do matrimônio, estimular a cada um a assumir a sua parte no problema, nas mudanças necessárias e elaborar novas metas e meios para alcançar um relacionamento harmonioso, onde haja respeito, consideração e amor (Pv 14.30; 15.1; 16.18; 1Pe 3.1-7).

Às vezes torna-se necessário um tempo maior para se trabalhar com um dos cônjuges que apresenta problemas emocionais mais profundos.

As entrevistas devem iniciar com os dois e depois se necessário sessões individuais. Os filhos se tiverem numa idade apropriada, podem participar das últimas reuniões. Muitos problemas estão relacionados aos filhos.

Sempre que possível o aconselhamento com casais deve ser feito ou pelo menos quando houver necessidade de uma entrevista a sós com um dos cônjuges, a esposa do conselheiro ou uma conselheira.

c) Problemas com filhos

A Bíblia trata com especial carinho o compromisso dos pais e dos filhos. Os pais têm o compromisso de amar, orientar, prover, e acima de tudo ser um exemplo no dia-a-dia para seus filhos (Ef 6.4; Cl 3.21).

Os filhos devem honrar e obedecer a seus pais considerando-os como os principais responsáveis diante de Deus por sua educação, formação emocional e espiritual.

Os problemas na educação dos filhos são decorrentes às vezes, de dificuldades financeiras que não permitem que necessidades básicas das crianças sejam satisfeitas e, principalmente são resultados de um lar em permanente conflito, pais com problemas emocionais ou espirituais.

O aconselhamento de filhos deve ser feito junto de um acompanhamento dos pais. O objetivo é promover um relacionamento de amor, compreensão e respeito. Ajudar os filhos a expressar com mais facilidade suas dificuldades e necessidades, e aos pais a terem sensibilidade e discernimento para conduzirem o processo de educar dentro dos princípios bíblicos, adequando-os ao contexto da família.

A função do conselheiro jamais deverá ser de substituir os pais, pelo contrário, seu esforço deve ser no sentido de solidificar, reforçar os laços familiares, ajudando-os a cumprir com os propósitos de Deus estabelecidos para a família.

Lembrando sempre que o ideal é o aconselhamento educativo-preventivo que pode ser feito periodicamente com os pais.

d) Divórcio

O ideal é que o divórcio possa ser sempre evitado através do perdão e da reconciliação, no entanto esta é uma realidade para a qual a igreja precisa ser preparada. É cada vez maior o número de casais que se divorciam. Como cristãos temos o compromisso de agir com amor, misericórdia e sabedoria (1Jo 3.16-18).

Um estudo sobre as semelhanças e diferenças entre as experiências passados por divorciados e viúvos, mostrou que os divorciados receberam muito menos apoio social e tiveram uma sensação de abandono e isolamento bem mais acentuado que viúvos.

Divórcio é uma experiência que diminui a auto-estima e uma das maiores causas da depressão profunda. As sensações de fracasso e de culpa são intensos, principalmente nas mulheres criadas para serem bem sucedidas no matrimônio. Amargura, ressentimento, solidão, depressão tomam conta do coração e mente do divorciado mesmo se a relação era de maus tratos e desrespeito.

O conselheiro deve estar apto a ajudar os envolvidos a conviver com a dor da separação a aprender a crescer a partir da experiência e reduzir o prejuízo emocional para as crianças. Isto pode ser feito em grupos de apoio e debates em temas como educação dos filhos, emprego, finanças e problemas legais.

É preciso estar atento às dificuldades dos filhos que tem de conviver com o divórcio dos pais. Devem ser estimulados a manterem o mesmo sentimento de amor e respeito pelos pais, a não se sentirem culpados pelo que aconteceu. Os pais devem ser orientados a nunca, em nenhuma hipótese, utilizar os filhos como meio de atingir o outro cônjuge. Problema de adulto deve ser resolvido por adultos.

e) Dependência de drogas

Uma pessoa viciada é alguém que está dependente física e psicologicamente de uma determinada substância ou situação. Todo o tipo de vício é contrário à vontade de Deus. É responsabilidade do homem ter domínio sobre a criação e sobre si mesmo.

A pessoa viciada está debaixo do domínio de uma substância, ou de uma situação. A Bíblia nos diz que o Senhor nos criou para Si mesmo e a Ele devemos primeiramente recorrer em momentos difíceis (1Pe 5.7; Sl 55.22). O nosso corpo é templo do Espírito Santo e a embriagues é claramente condenada nas Escrituras (Pv 23.29-31; Is 5.11; 1Co 6.10; Ef 5.18).

O vício como afirma Gary Collins é tanto um pecado como uma doença. Pecado porque houve uma decisão voluntária da pessoa em procurar a droga, doença porque o vicio passa a ter domínio sobre o corpo e a mente da pessoa. Os vícios mais freqüentes são: alcoolismo, dependência de tranqüilizante, cigarro (nicotina) ou alucinógenos.

Causas da dependência: Embora o fator hereditário venha sendo discutido por especialistas, não há um acordo sobre essa relação entre o vício e a disposição genética. No entanto outros fatores são relacionados pela maioria do s psicólogos e médicos que tratam com esse tipo de situação: o ambiente familiar (lar desajustados e pais com problemas de vícios), influência de amigos na adolescência, incapacidade emocional e espiritual de lidar com problemas, busca de significado para a vida, etc.

O aconselhamento nesses casos envolve alguns passos bem definidos:

  • Afastar o viciado de situações que forneça ou estimule o uso da droga.
  • Iniciar um processo de desintoxicação (às vezes é necessário um acompanhamento médico).
  • Tratar as causas que levaram a dependência e mostrar o Senhor Jesus Cristo como o único capaz de nos fazer triunfar em todas as circunstâncias. “Graças, porém a Deus, que em Cristo, sempre nos conduz em triunfo...” (2 Co 2.14).
  • Na maioria dos casos a família também terá que ser alvo da atenção do conselheiro seja como ponto de apoio, seja como ambiente onde foram geradas algumas das dificuldades da pessoa dependente de drogas.

f) Tratando de caso de suicídio incompleto ou efetivado

Antes de tentar o suicídio, a maioria das pessoas emite gritos (sinais) de socorro, é preciso estar atento. Todas as ameaças de suicídio devem ser levadas a sério.

Pessoas que constantemente reclamam de significado, que se sentem acuadas, pressionadas por algum motivo e muitas vezes expressam desejo de sumir e não acordar mais estão transmitindo sinais pré-suicidas.

Todas as pessoas deprimidas, segundo a maioria dos psiquiatras, são suicidas em potencial. Pessoas que estejam passando por perdas e que demonstrem dificuldades profundas de se recompor apresentando insônia, apatia, isolamento ou pessoas que tenham uma enfermidade ou dor crônica e incurável são promessas ou suicídio.

Fatores que aumentam a possibilidade do suicídio: comportamento suicida anterior, ser idoso, é bom lembrar, porém que o suicídio é a segunda causa mais freqüente de morte entre jovens de 10 a 20 anos, acesso fácil a armas de fogo ou pílulas de dormir, alcoolismo, dificuldade de comunicação com pessoas mais próximas, etc.

A melhor forma de abordar uma pessoa propensa ao suicídio é conversar francamente com ela sobre o assunto, colher o máximo de informações e oferecer outras alternativas para aquele problema. Após esta primeira conversa, mesmo tendo passado a crise maior, é preciso fazer um trabalho de acompanhamento visando descobrir e tratar as causas daquela situação. Geralmente as questões estão relacionadas a problemas familiares e exige um trabalho com toda a família.

Infelizmente há casos que mesmo tendo sido feito um trabalho de aconselhamento, a pessoa consegue por fim a vida (o que ocorre em 5% dos casos). A família que ficou vai precisar de consolo e de orientação para aprender a lutar com a dor e com sentimentos de culpas.

g) Consolando doentes temporários, crônicos, terminais e seus familiares

A doença seja ela temporária, crônica ou terminal mostra o quanto somos frágeis e limitados. Ela tumultua o nosso cotidiano, interfere nas nossas atividades, nos nossos relacionamentos e altera nossas emoções. Para alguns médicos e psicólogos ao falar do homem como um ser total, há uma evidente demonstração de que, quando um indivíduo fica doente, todo o seu ser é afetado, a parte física, emocional e espiritual.

A Bíblia relata diversos casos de enfermidades e a cura de doentes foi um dos pontos mais marcantes no ministério de Jesus. O interessante, no entanto é observar como os evangelhos constantemente enfatizam antes da cura ou milagre a compaixão de Cristo (Mt 20.34; Lc 7.13). O conselheiro ao atuar nessa área deverá saber transmitir pela sua presença, palavras e atitudes o amor e compaixão.

A doença é conseqüência da queda do homem, mas não necessariamente do pecado individual da pessoa ou da família. É decorrente de um modo que foi contaminado pela imperfeição resultante do pecado.

Os doentes temporários precisam ser estimulados pelo conselheiro a serem fiéis ao tratamento, pacientes na recuperação e a aproveitarem esses momentos para uma maior proximidade com a família e com Deus.

Os que possuem doenças crônicas, que exigem um tratamento permanente, precisam além do que já foi mencionado, adotar um estilo de vida e algumas metas que tornem suas vidas produtivas e significativas dentro do contexto que possuem.

Quanto às pessoas em estado terminal, estas exigem um tempo maior de atenção. Sentimentos de amargura, solidão, revolta acompanham o processo que vai desde o conhecimento até a aceitação da doença. Além dos doentes, há também os familiares que precisam saber como se conduzir e como vivenciar a dor da separação. Essas pessoas, tanto o enfermo quanto a família têm necessidade de terem conselheiros que as ouçam, que as deixem compartilhar seus sentimentos de dor e muitas vezes de perplexidade (Rm 15.5-7).

Algumas coisas podem ajudar no acompanhamento dessas situações:

  • Ter uma comunidade de apoio de pessoas que darão atenção e calor;
  • Montar um esquema junto dos familiares de visita no hospital;
  • Envolver os familiares e o enfermo em um clima de fé e confiança nas promessas divinas e,
  • Por último, um ambiente onde se possa morrer com dignidade ao lado dos familiares e amigos.

h) Aceitando as perdas

A vida é uma série de contínuas perdas humanas, umas maiores, outras menores. Enfrentar a perda pessoal é parte indispensável do crescimento humano, tem início no nascimento e nos acompanha até a morte.

Porém, nada é mais difícil que aceitar a perda de alguém que amamos. Geralmente a reação inicial é de choque e entorpecimento, uma sensação de irrealidade, de se estar em um pesadelo.

Entretanto, a aceitação da realidade plena da perda precisa existir, caso contrário a cura ficará incompleta (2Ts 2.16,17). Pode levar meses e ocorrer gradativamente.

O modo como as pessoas reagem a perdas varia enormemente, dependendo da quantidade e duração da relação, do momento em que ocorreu a perda, se a morte era esperada ou se foi uma morte repentina. Geralmente, mortes de crianças, jovens e mortes violentas são as que mais abalam e as que levam mais tempo para serem superadas.

O conselheiro ao acompanhar a família ou pessoa mais próxima da situação de luto, deve observar se as reações não estão demonstrando uma resistência doentia em enfrentar a realidade da separação como: distanciamento prolongado das pessoas, profunda depressão, perda de interesse na vida, fuga através do álcool ou drogas. Nesses casos, além de um trabalho de conforto, deve ser feito um acompanhamento a longo prazo, orientando e buscando integrar novamente a pessoa ao convívio familiar, da igreja e da sociedade.

Aconselhamento Cristão (17ª parte)


O CONSELHEIRO DOS CONSELHEIROS

A Bíblia descreve Jesus Cristo como o “Maravilhoso Conselheiro”. Ele é o Conselheiro dos conselheiros sempre disponível para encorajar, dirigir e conceder sabedoria aos ajudadores humanos.
Vale a pena repetir que o conselheiro cristão verdadeiramente eficaz é basicamente um instrumento perito e disponível através de quem o Espírito Santo opera transformando vidas.

Quando o trabalho provoca ansiedades e confusão, estas podem ser entregues ao próprio Deus que prometeu apoiar e ajudar. A oração diária e a leitura bíblica nos mantêm em comunicação ativa com Aquele que é mentor e ajudador.

Através da Bíblia inteira, entretanto, vemos que Deus também opera mediante outros seres humanos. Ele ajuda os conselheiros por meio de outras pessoas com quem ele pode partilhar suas opiniões, manter perspectivas, relaxar, e ocasionalmente chorar.

Sem o apoio, o encorajamento de um amigo cristão confiável, o trabalho do conselheiro será provavelmente mais árduo e menor eficiente. Dois ou mais conselheiros podem no geral encontrar–se regularmente para apoio mutuo e oração conjunta. Se lhe falta tal relação, ore pedindo a Deus que o faça encontrar um companheiro com o qual possa se abrir.O aconselhamento pode trazer satisfação, mas não é um trabalho fácil. Quanto mais cedo isto seja reconhecido e encarado honestamente, tanto mais satisfatório será nosso ministério de ajuda e mais eficaz o nosso aconselhamento.

Aconselhamento Cristão (16ª parte)


ÉTICA DO CONSELHEIRO

O conselheiro é responsável pelo que faz, primeiro perante Deus, e em seguida, perante o aconselhado, e finalmente perante a sociedade em que vive. Ele sempre deve pensar no bem do aconselhado.

Vejamos alguns princípios da ética que devem reger o aconselhamento cristão:

1. Guardar confidências.

Aquilo que o aconselhado confessa ao conselheiro é considerado inviolável e não deve ser divulgado a ninguém sem a permissão da pessoa. O conselheiro jamais deve contar a um aconselhado os problemas de outro aconselhado, nem deve usar suas experiências provenientes de sua função, para ilustrar seus sermões. O conselheiro indiscreto é indigno de sua vocação.

2. Evitar o contato físico.

Deve-se evitar tudo o que possa produzir uma situação de tentação ou que possa despertar emoções malignas. O fato de o conselheiro ser uma pessoa regenerada e chamada ao ministério do evangelho, não o livra de sentir-se atraído pela pessoa aconselhada ou vice-versa.

3. Não esconder suas convicções cristãs.

A fé ou a crença do conselheiro deve influenciar tudo o que ele pensar ou fizer, inclusive no aconselhamento. Mais vale ser fiel a Deus e à sua Palavra do que cair na graça do aconselhado, se a pessoa tiver que escolher entre as duas coisas. Portanto, o conselheiro tem a responsabilidade perante Deus de apresentar ao aconselhado a verdade bíblica que está relacionada com o assunto considerado. Naturalmente, ele não deve impor a norma cristã, mas sim, apresentá-la.

4. Reconhecer suas próprias limitações.

Nenhum conselheiro pode ajudar a todos. Existem coisas muito difíceis, e apesar de o conselheiro fazer o possível, pode ser que não dê nenhum resultado.

Os problemas éticos surgem quando há conflitos de valores e decisões diferentes devem ser tomadas. Essas questões, quase sempre são confidenciais.

Exemplos:

  • Um aconselhado confessa ter infringido a lei ou que pretende prejudicar alguém. Você conta à polícia ou à vítima em potencial?
  • A filha de um líder da igreja revela estar grávida e que pretende fazer um aborto. O que você faz com essa informação?
  • Um jovem vem pedir-lhe ajuda a fim de obter maior autoconfiança com as mulheres. Qual a sua responsabilidade como conselheiro, desde que considera errado o sexo pré-nupcial?

O que fazer?

  • O conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações confidenciais, a não ser que haja risco para o bem estar do aconselhado ou de outra pessoa.
  • Em tais ocasiões, o aconselhado deve ser orientado no sentido de transmitir a informação diretamente às pessoas envolvidas (polícia, pais, etc.).
  • Em regra geral, a informação não deve ser divulgada pelo conselheiro sem conhecimento do aconselhado.

Aconselhamento Cristão (15ª parte)


A SEXUALIDADE DO CONSELHEIRO

Trata-se de uma dificuldade que todos os conselheiros enfrentam, quer fale ou não com os outros.

Analisem: São duas pessoas trabalhando juntas para um alvo comum, surgem sentimentos de camaradagem e cordialidade entre elas. Se possuírem um estilo de vida similar, e especialmente quando são do sexo oposto, os sentimentos calorosos quase sempre incluem um componente sexual.

O aconselhamento freqüentemente envolve a discussão de detalhes íntimos. Isto pode despertar sexualmente tanto o conselheiro como o aconselhado. O potencial para a imoralidade pode ser ainda maior se o aconselhado é ainda atraente.

A atração sexual é algo comum e o conselheiro prudente deve esforçar-se o máximo para exercer autocontrole.

As precauções do conselheiro envolvem:

1. Proteção espiritual.

  • A meditação na Palavra de Deus, a oração e a proteção do Espírito Santo são elementos indispensáveis.
  • O conselheiro deve vigiar sua mente.
  • Encontrar um crente a quem o conselheiro regularmente possa prestar contas dos seus atos é de grande valor.
  • Não cair na armadilha de pensar: “Isso acontece com os outros, mas, jamais aconteceria comigo”. Esse é o orgulho que precede a queda.
  • Se cair, e daí? Deus perdoa, mas as cicatrizes ficam.
2. Percepção dos sinais de perigo.

  • A comunicação de mensagens sutil de qualidades mais intima (sorrisos, levantar as sobrancelhas, contatos físicos, etc).
  • O desejo do conselheiro e aconselhado de manterem um relacionamento.
  • Ansiedade, especialmente por parte do aconselhado de divulgar detalhes ou fantasias de experiências sexuais.
  • Reconhecimento por parte do conselheiro de que precisa ver o aconselhado.
  • Frustração crescente na vida conjugal do conselheiro.
  • Prolongamento do tempo e freqüência das entrevistas, algumas vezes suplementadas por chamadas telefônicas.
3. Estabelecimento de limites.

  • Quando a atração sexual se faz presente, o conselheiro pode interromper o aconselhamento, transferir o trabalho para outra pessoa ou até mesmo discutir esses sentimentos com o aconselhado.
  • Deve-se recusar conversas telefônicas prolongadas;
  • Desencorajar discussões detalhadas de tópicos sexuais;
  • Evitar o contato físico
  • Encontra-se num lugar que desestimule olhares ou intimidades pessoais;
  • A maneira de sentar;
  • Não aproximar demasiadamente do aconselhado.
4. Análise de atitudes.

  • As conseqüências sociais (arruína a reputação, o casamento, etc.).
  • Verdade teológica (é pecaminoso e o cristão deve abster-se).

Aconselhamento Cristão (14ª parte)


OS DEZ MANDAMENTOS DAS RELAÇÕES HUMANAS

1. Fale com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.

2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.

3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome.

4. Seja amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.

5. Seja cordial. Fale e haja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo o prazer.

6. Interesse-se sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você não sabe o que os outros sabem.

7. Seja generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os lideres elogiam, sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros.

8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro, e o lado de quem está certo.

9. Preocupe-se com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar.

10. Procure apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.

Aconselhamento Cristão (13ª parte)


REQUISITOS DE UM BOM CONSELHEIRO CRISTÃO

Consideremos alguns requisitos indispensáveis para o aconselhamento eficaz:

1. O conselheiro cristão deve ser tratável, social e acessível. As pessoas recorrem a alguém que as conheça, e a quem elas por sua vez conheçam e apreciam. De outro modo, não se sentiriam à vontade relatando seus problemas e expondo-lhes seu coração. É necessário que o conselheiro se mostre amigo e interessado sinceramente pelos problemas das pessoas.

2. Ele deve reunir certos traços pessoais:

a) É importante compreender os demais, ou seja, ser sensível às necessidades alheias e entender os seus desejos, problemas e frustrações.

b) O bom conselheiro escuta atentamente o que o aconselhado lhe diz e tenta ver as coisas segundo a perspectiva deste.

c) Respeita o aconselhado e tem interesse nele como “uma pessoa”, e não como se ele fosse somente um “problema” a ser solucionado.

d) Ele tem uma visão exemplar, digna de respeito; destaca-se por sua sobriedade, discrição e otimismo.

e) Relaciona-se bem com sua esposa e com outras pessoas.

f) Já tem provado sua fidelidade para com Deus e saído vitorioso em seus próprios problemas.

g) Sabe utilizar os recursos espirituais: a Bíblia, as promessas de Deus, a oração e o perdão.

h) Tem fé no poder redentor de Deus e na solicitude divina que opera para o bem de cada crente.

i) Conhece o poder transformador de Deus em seus filhos.

3. Deve entender os motivos da natureza humana e os de sua conduta. Aprende observando as pessoas, lendo livros e pela experiência.

4. Deve entender-se a si mesmo e reconhecer suas imperfeições e sua condição de ser humano. Se não entender bem a si mesmo, não poderá compreender os outros.

5. Deve dominar seus próprios desejos, seus sentimentos de culpa, sua ansiedade, seus ressentimentos, sua sexualidade e suas frustrações. De outro modo seria como um cego que guia outro cego. Não poderia ajudar os outros.

6. Ele deve conhecer as técnicas do aconselhamento cristão.

7. Deve estar disposto a dedicar tempo ao ministério do aconselhamento, o processo de aconselhamento requer tempo; isso jamais deve ser esquecido.

Aconselhamento Cristão (12ª parte)


PREPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CONSELHEIRO

Assim como um médico que antes de realizar sua cirurgia se lava e veste roupas limpas, da mesma forma o conselheiro deve limpar o seu coração de todo o pensamento negativo e vestir-se com a presença de Cristo. Ele não é psicólogo e sim, Ministro do Senhor. Ele orará para que Deus o torne sensível às necessidades do aconselhado, e que o Espírito Santo opere no processo de aconselhamento, revelando as raízes dos problemas e as soluções, tanto ao conselheiro como ao aconselhado. Ambas as pessoas devem crer que o Senhor dá sabedoria abundante àquele que a pede “com fé, não duvidando” (Tg 1.6). Em seguida, quando Deus proporcionar o êxito no processo, convém lembrar que a Ele pertence toda a glória.

O conselheiro deverá trazer consigo:

  • Pureza – “Conserva-te puro: em propósito, em pensamento, em sentimento, em palavra e ação” (Charles G. Finney). “O preço da pureza é elevado, mas a impureza é ridiculamente barata” (J. Blanchard).
  • O poder dos joelhos – Se o conselheiro não aprender a andar de joelho, sem dúvida nada acontecerá no seu ministério. “Devemos ter por norma: jamais vermos a face dos homens antes de vermos a face de Deus” (Spurgeon).
  • Estudo das Escrituras – Uma das ferramentas mais poderosas nas mãos do conselheiro é a Bíblia. A Palavra de Deus contém o registro dos conflitos humanos e os meios para resolvê-los. Há seleções bíblicas que servem muito bem para o caso específico do aconselhado. Por exemplo, há seleções bíblicas que colocam o dedo na chaga quanto a problemas matrimoniais e relacionamentos interpessoais. A Bíblia é o manual do conselheiro cristão. Paulo escreve em 2Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus, aprovado como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade”. John Wesley dizia: “Sê homem de um livro”.
  • Zelo – “Tente grandes coisas por Deus, espere grandes coisas de Deus” (Willian Carey). “Dá-me o amor que no caminho me possa guiar, a fé que nada possa fazer desmaiar, a esperança que nenhum desengano cansará, a paixão que como fogo queimará, não deixes que me torne um vegetal, fazei de mim teu combustível – chama divinal!” (Amy Carmichael).

Nunca esqueça: A personalidade do conselheiro ajuda muito. Se ele for um homem de fé, irradiará confiança e fará com que nasça no coração do aconselhado a confiança de que Deus poderá ajudá-lo.

Ao concluir uma entrevista, convém, em regra geral, orar para que a mente da pessoa fique aberta para assuntos espirituais.

Aconselhamento Cristão (11ª parte)


O PAPEL DO CONSELHEIRO

O aconselhamento pode tornar-se ineficaz, quando o conselheiro não tem uma idéia clara do seu papel e responsabilidade. Aí, acontece uma verdadeira confusão de papéis:

1. Visita em lugar de aconselhamento.

A visita é uma troca mútua e amigável de informações; o aconselhamento é uma conversa centralizada num problema, dirigida para um alvo, que focaliza as necessidades de uma pessoa. Todo aconselhamento envolve visitas periódicas, mas quando estas se prolongam ou torna-se o ponto principal, é reduzida a eficácia do aconselhamento.

2. Pressa em lugar de deliberação.

As pessoas ocupadas tendem a apressar o processo de aconselhamento. É verdade que os conselheiros não podem perder tempo, mas, é certo que o aconselhamento não pode ser acelerado. “Grande parte do sucesso do aconselhamento está em sua atenção tranqüila e refletida”. O equilíbrio do conselheiro é ponto de apoio do aconselhado. Se o conselheiro for apressado ou dividir sua atenção, seus comentários poderão ser objetos de suspeita.

3. Desrespeito em lugar de simpatia.

Alguns conselheiros classificam rapidamente as pessoas (“cristão carnal”, “divorciado”, ou um “tipo fleumático”) e depois despedem o aconselhado com um confronto rápido e um conselho rígido. Ninguém quer ser tratado com tanto desrespeito.

4. Condenação em lugar de imparcialidade.

Quando os aconselhados sentem-se atacados, se defendem (freqüentemente com irritação), ou aceitam as palavras do conselheiro temporariamente ou sob protesto. Jesus é conhecido como “alguém que tomou sobre si as nossas enfermidades”. Ele jamais fez vista grossa para o pecado, mas, compreendia os pecadores e sempre manifestou bondade para com aqueles que estavam dispostos a aprender, arrepender-se ou mudar seu comportamento.

5. Sobrecarregar a entrevista em lugar de moderar o aconselhamento.

Entusiasmado em ajudar, o conselheiro tenta fazer demasiado numa sessão. Isto confunde o aconselhado. O aconselhado deve ser compassado mesmo que isto signifique reuniões mais curtas e mais freqüentes.

6. Atitude de defesa em lugar de empatia.

A maioria dos conselheiros sente-se ameaçada durante o aconselhamento. Quando somos criticados, incapazes de ajudar, sentimos culpa, ansiedade, ou se estamos em perigo, nossa capacidade de ouvir com empatia é prejudicada. Toda vez que surgir ameaça desse tipo e não tivermos resposta, é melhor procurar um outro conselheiro.

  • Vez por outra estaremos errando e devemos aprender com esses erros.
  • A boa comunicação com os aconselhados pode cobrir uma multidão de erros, mas não pode ser desculpa para um trabalho incompetente.

Aconselhamento Cristão (10ª parte)


A MOTIVAÇÃO DO CONSELHEIRO

1. Por que você quer aconselhar?

a) Alguns exercem o trabalham de aconselhamento porque são procurados.

b) Outros encorajam as pessoas a procurá-los, porque se prepararam, fizeram cursos para isso.

2. Razões negativas que motivam o conselheiro:

a) Curiosidade – necessidade de informação. Se o conselheiro é curioso às vezes esquece o aconselhado, pressiona para obter mais detalhes e com freqüência não consegue manter segredo. Por essa razão as pessoas preferem evitar os ajudadores curiosos.

b) A necessidade de se relacionar com alguém. Todos precisam de contatos íntimos com pelo menos 2 ou 3 pessoas. Para alguns aconselhados, o conselheiro será o seu melhor amigo, pelo menos temporariamente. Mas, e, se os conselheiros não tiverem outros amigos além dos aconselhados? A necessidade que o conselheiro tem de aconselhamento pode prejudicar sua ajuda. Ele não vai querer que os aconselhados melhorem e terminem o aconselhamento, visto que isto interromperia a relação. Este envolvimento deixa de ser uma ajuda profissional. Lembre-se: os amigos nem sempre são os melhores conselheiros.

c) A necessidade de poder. O conselheiro autoritário gosta de endireitar os outros, dar conselhos, mesmo quando não solicitado, e desempenhar o papel de “solucionador de problemas”. Alguns aconselhados do tipo dependente gostarão disto, mas, não serão ajudados se suas vidas forem controladas por outras pessoas. Outras pessoas resistirão os conselheiros autoritários.A necessidade de socorrer. O conselheiro desse tipo tira a responsabilidade do aconselhado ao demonstrar uma atitude que diz claramente: “Você não é capaz de resolver isso, deixe tudo comigo”. Esta foi chamada de abordagem de Messias benfeitor. Quando a técnica de socorro falha (como acontece muitas vezes), o conselheiro sente-se culpado e inadequado – como um messias incapaz de salvar os perdidos.

Aconselhamento Cristão (9ª parte)


CONDIÇÕES PARA O ACONSELHAMENTO

1. A pessoa deve estar disposta a receber ajuda.

Se ela não sente necessidade é pouco provável que esteja disposta a ser aconselhada. Se a pessoa não quiser cooperar com o conselheiro e tem pouco interesse em mudar sua conduta, não resta esperança de ajudá-la, não obstante a perícia do conselheiro.

2. Tratar de estabelecer um local e hora para reunir-se.

Esse local deve facilitar o diálogo comodamente sem interrupções nem distrações. Em regra geral deve-se ter cadeiras cômodas, ambiente limpo e arrumado, luz suficiente e uma temperatura agradável. Tudo o que for feio e desagradável distrai a atenção do aconselhado e prejudica o processo.

3. As ocasiões de emergências.

Podem ocorrer situações em que o conselheiro não esteja na condição de escolher lugar ou hora. são situações de crises em que o conselheiro é chamado: num acidente grave, caso de doenças terminais ou falecimento.

4. A Pontualidade.

O conselheiro deve estar pontualmente no lugar pré-convencionado com o aconselhado. Sempre que há atraso, este poderá pensar que o conselheiro não se importa muito com o seu problema.

5. A Dedicação.

Evitar dar a impressão de estará apressado ou ter muitas outras coisas a fazer. Se a pessoa conclui que está tomando o tempo de um conselheiro muito ocupado, pode sentir-se culpada, incômoda e indesejada. Deste modo ele pode encontrar dificuldade em comunicar-se, e em seguida encurtar a conversa sem chegar ao seu verdadeiro problema. Em alguns casos, convém que o aconselhado se reúna várias vezes com o conselheiro, pois o seu problema pode ser complicado ou de solução gradativa. Em regra geral, o período de aconselhamento dura de meia hora até uma hora. O conselheiro jamais deverá sentir-se preso quanto ao tempo.

Aconselhamento Cristão (8ª parte)


ELEMENTOS USADOS NO PROCESSO DE ACONSELHAMENTO

Ajudar outra pessoa, seus problemas psicológicos não é fácil. Não podemos apresentar uma fórmula única para o aconselhamento em geral, que alcance sempre os fins desejados. Cada caso é diferente; porém, existem alguns princípios e elementos que podem ser de muita ajuda ao conselheiro, se ele os adaptar para compreender melhor o processo do aconselhamento.

1. Levantamento de antecedentes

Em muitos casos, o conselheiro tem que recolher dados e saber fatos da vida do aconselhado para encontrar as raízes do seu problema, especialmente se ele usa a técnica diretiva ou o método eclético.

É aconselhado para quem usa o método diretivo que na primeira parte da entrevista o conselheiro deve levantar dados sobre o panorama geral da vida do aconselhado. Pode formular perguntas como: Quais são os dados pessoais do aconselhado? Qual é o seu grau de escolaridade? É casado? Quantos filhos têm? Relaciona-se bem com o(a) esposo(a)? Qual é o seu trabalho? Qual é a sua situação econômica? Como está de saúde? Como se relaciona com os outros? Como está a sua vida espiritual? Como está o seu relacionamento com a igreja? Quais são as suas pretensões? Quais as suas fontes de satisfação?

Depois de aconselhar uma pessoa, muitos pastores-conselheiros escrevem os dados acima e os dados do aconselhamento em cartões de arquivo, e antes de ter outra entrevista com o aconselhado, recapitulam bem esses dados.

2. Percepção do caráter do aconselhado

O conselheiro perito pode estudar o caráter ou a personalidade das pessoas, observando sua postura, seus gestos, o tom de sua voz, sua maneira de vestir-se, e até alguns movimentos do corpo, que parecem ser casuais. A personalidade do indivíduo se expressa em todas as suas atividades. Por exemplo, pode-se saber muito acerca do aconselhado observando-se como ele olha as outras pessoas, como fala e como estende a mão.

3. Compreensão das pessoas que sofrem de tensão nervosa

A tensão é algo que varia de pessoa a pessoa. Pode ser que o que esteja causando tensão em uma pessoa, não cause tensão em outra.

Muitas pessoas que sofrem de tensões, tendem a atribuir poderes quase sobrenaturais aos conselheiros e a outras pessoas que ocupam posição de autoridade. Aproxima-se do conselheiro na expectativa de que ele possa solucionar seus problemas. Escutam com grande interesse o que uma pessoa dotada de autoridade diz, e às vezes lembram e comentam coisas ditas casualmente por elas, como se isso proporcionasse grande esperança ou desespero.

Em muitos casos, as pessoas que sofrem de tensão aguda não são capazes de ver claramente a realidade. Normalmente, essas pessoas vão à igreja, mas não tiram nenhum proveito do culto, pois não podem concentrar seus pensamentos em assuntos espirituais, e lhes custa muito orar.

Porém, assim mesmo, algumas pessoas se voltam para Deus com grande expectativa. A profunda fé em Deus pode aliviar imensamente a tensão nervosa. É muito grande o número de pessoas que testificam como o salmista: “Na minha angústia eu clamei, e o Senhor me ouviu, e me livrou de todas as minhas angústias”.

4. Identificação de problemas que podem prejudicar o processo de aconselhamento

Alguns dos empecilhos mais comuns:

a) Rodeios e resistências

Em regra geral, as pessoas começam o diálogo falando acerca de coisas que não tem nada a ver com o seu problema. Às vezes, essas pessoas temem ser censuradas, mal compreendidas, ou que o conselheiro divulgue aquele assunto confidencial. Não é fácil expor seus erros diante de alguém, mesmo que esse alguém seja a pessoa que lhes irá aconselhar.

O conselheiro deve ser sensível aos verdadeiros sentimentos do aconselhado. Tem que escutar com paciência e não julgar. E deve estar sempre atento para perguntar a si mesmo: “será este o verdadeiro problema dessa pessoa?”.

Quando há muita resistência por parte do aconselhado, pode ser indício da gravidade do seu problema.

b) Silêncio

Se o aconselhado se manter em silêncio, o conselheiro deve fazer o seguinte: não esquecer que o tempo de duração do silencio é muito menor que lhe parece. A pausa proporciona ao aconselhado, a oportunidade de alcançar uma maior compreensão do seu caso.

Se a pausa se prolongar demasiadamente, o pastor poderá perguntar com polidez: “porque você continua calado?”, ou pode perguntar algo acerca do que estão conversando.

c) Insucessos, e o desejo de interromper a ajuda prematuramente

Não é de se estranhar que ocorra um ou mais fracassos durante o processo de aconselhamento.

O que o conselheiro deve fazer quando o aconselhado cortar a ajuda prematuramente? Deve respeitar o direito que o aconselhado tem de tomar decisões, mas é sempre conveniente dizer que a porta continuará aberta para que ele retorne, caso seja necessário. Todavia o pastor não deve insistir para que o aconselhado continue a procurar a sua ajuda.

Quando os fracassos surgirem, o conselheiro deve apoiar o aconselhado e encorajá-lo a continuar procurando a solução do problema.

5. Fatores a serem considerados para se tomar uma decisão:

Quando uma pessoa toma uma decisão deve perguntar-se: “Quais estão sendo os meus motivos? O que a minha consciência está me dizendo? Isto está dentro das normas cristãs? Quais são os benefícios que isto gerará em longo prazo? Quais poderão ser as conseqüências negativas? Que efeito esta decisão produzirá nas demais pessoas? Em minha família? Em meu grupo? Em minha igreja? Serei capaz de realizar isso que decidi fazer? Estas e outras perguntas nos ajudarão a tomar decisões inteligentemente”.

Aconselhamento Cristão (7ª parte)


TAREFAS DE CASA

Como as sessões duram uma hora aproximadamente e são separadas por uma semana ou mais de atividades, serão necessárias tarefas para que o aconselhado seja capacitado a estender o seu aprendizado, que permitem ver e fazer, além de ouvir.

Segundo Adams, “a tarefa de casa é a essência do bom comportamento. O conselheiro que aperfeiçoa sua habilidade nesse sentido verá a diferença em sua eficácia na ajuda às pessoas. Aprender a passar tarefa positiva, bíblica, concreta que se adapte criativamente à situação, exige tempo e esforço, mas, produz dividendos”.

O conselheiro e aconselhado concordam a respeito de tarefas que podem ser realizadas nos intervalos das sessões de aconselhamento. Essas tarefas ajudam o aconselhado a manter cônscio dos alvos do aconselhamento, obter informação adicional (mediante leitura ou ouvindo uma fita, cd, etc.), desenvolver e praticar novas habilidades, eliminar o comportamento prejudicial, testar o que foi aprendido no aconselhamento e experimentar novas maneiras de pensar e agir.

Os acordos e tarefas podem ser de vários tipos e incluir comportamentos específicos, tais como: fazer um elogio todos os dias, abster-se de críticas, ler um capítulo diário da Bíblia, dedicar tempo a um parente que considere importante, manter um registro do uso do tempo ou fazer uma lista dos próprios valores ou prioridades.

Tipos de tarefas de casa:

1. Testes

Isto inclui questionários, formulários para completar sentenças, testes padronizados e trabalhos escritos (tais como preparar uma breve biografia, fazer uma lista dos alvos na vida, fazer uma lista daquilo que gosta ou não gosta sobre o emprego, e assim por diante). Essas respostas escritas são devolvidas ao conselheiro e discutidas com ele.

2. Tarefas comportamentais

Os aconselhados são às vezes encorajados a modificar suas atitudes de maneira leve, mas importante, entre as sessões de aconselhamento. Dizer Obrigado, fazer elogios periódicos, não queixar-se de certo hábito aborrecido do cônjuge, chegar ao trabalho na hora, ler a Bíblia durante dez minutos diariamente – esses são os tipos de sugestões de mudança de comportamento dadas pelos conselheiros e depois discutidas com os aconselhados.

3. Leitura

Os livros e artigos com freqüência contêm informações úteis, que pode completar as sessões de aconselhamento. Existe sempre o perigo dos aconselhados interpretarem mal o que foi escrito ou que algo seja tirado de seu contexto. Poucos conselheiros têm o tempo necessário para examinar todos os livros potencialmente relevantes e será difícil encontrar materiais escritos com os quais o conselheiro esteja de pleno acordo. Apesar dessas limitações, os artigos e livros podem ser um suplemento proveitoso no aconselhamento, especialmente se a leitura for discutida subseqüentemente com o aconselhado.

4. Música

A terapia musical – o uso da música para ajudar as pessoas com seus problemas – é pelo menos tão antiga quanto as melodias calmante que Davi tocava para serenar o perturbado rei Saul. Muitas pessoas relaxam ligando o botão de seu aparelho de som depois de um dia pesado de trabalho. O ideal é que o material de fitas ou cd’s contenha recomendações práticas de aconselhamento. Existem hoje em dia serviços telefônicos com mensagens diárias que também auxiliam. Está comprovado que estas tarefas têm sido essenciais e estimulam as pessoas a buscarem mais aconselhamento.

Aconselhamento Cristão (6ª parte)


IMITANDO A JESUS

De acordo com a Bíblia, os cristãos devem estimular tudo o que Cristo nos ordenou e ensinou. Isto inclui certamente doutrina a respeito de Deus, autoridade, salvação, crescimento espiritual, oração, a igreja, o futuro, anjos, demônios e a natureza humana. Todavia, Jesus também ensinou sobre o casamento, interação entre pais e filhos, obediência, relação entre raças, e liberdade tanto para homens como para mulheres. Ele ensinou igualmente sobre assuntos pessoais como sexo, ansiedade, medo, solidão, dúvida, orgulho, pecado e desânimo.

Todas essas são questões que levam as pessoas a procurarem o aconselhamento hoje. Quando Jesus tratava com essas pessoas ele freqüentemente ouvia suas perguntas e as aceitava antes de estimulá-las a pensar ou agir de modo diferente. Às vezes dizia o que deveriam fazer, mas também orientava as pessoas para que resolvesse os seus problemas através de indagações hábeis e divinamente orientadas. Tomé foi ajudado em sua dúvida quando Jesus mostrou-lhe a evidência; Pedro aparentemente aprendeu melhor por refletir (com Jesus) sobre os seus erros; Maria de Betânia aprendeu ouvindo; e Judas parece que não aprendeu nada.

Ensinar tudo o que Cristo ensinou, portanto, inclui instrução na doutrina, mas abrange também, ajudar as pessoas a se entenderem melhor com Deus, com o próximo e consigo mesmas.

Essas questões que se referem melhor com Deus, com o próximo e consigo mesmas, são destinadas a todos praticamente. Alguns aprendem através de palestras, sermões ou livros; outros pelo estudo pessoal da Bíblia ou discussões; outros ainda aprendem através de aconselhamento formal ou informal; e talvez a maioria de nós tenha aprendido mediante uma combinação dos elementos acima.

No centro de toda ajuda cristã, particular ou pública, acha-se a influência do Espírito Santo. Ele é descrito como um ajudador que ensina “todas as coisas”, nos faz lembrar das palavras de Jesus, nos guia a toda a verdade e convence as pessoas do pecado.

Através da oração, meditação sobre as Escrituras e entrega deliberada a Cristo todos os dias, o conselheiro-professor se coloca à disposição como um instrumento mediante o qual o Espírito Santo pode operar, ajudar, ensinar, convencer ou guiar outro ser humano. Este deve ser o alvo de todo crente – pastor leigo, conselheiro profissional ou ajudador leigo: ser usado pelo Espírito Santo para tocar vidas, modificá-las e levá-las em direção à maturidade tanto espiritual como psicológica.

Aconselhamento Cristão (5ª parte)


JESUS E AS TÉCNICAS

Jesus Cristo é certamente o melhor exemplo que possuímos de um “maravilhoso conselheiro”, cuja personalidade, conhecimento e habilidade capacitaram-no eficazmente para assistir às pessoas que precisavam de ajuda.

Quando tentamos analisar o aconselhamento de Jesus, existe sempre a tendência, inconsciente ou deliberada, de encarar o ministério de Cristo de modo a reforçar nossas próprias opiniões sobre como as pessoas são ajudadas. O conselheiro diretivo-confrontacional reconhece que Jesus às vezes tinha esta qualidade; o não diretivo, “centrado no cliente”, encontra apoio para esta abordagem em outros exemplos de ajuda aos necessitados prestada por Jesus.

É indiscutivelmente exato afirmar que Jesus fez uso de várias técnicas de aconselhamento, dependendo da situação, da natureza do aconselhado e do problema específico. Ele algumas vezes ouvia cuidadosamente as pessoas sem dar muita orientação, às claras, mas em outras ocasiões ensinava incisivamente. Ele encorajava e apoiava, embora também confrontasse e desafiasse. Jesus aceitava pessoas pecadoras e necessitadas, mas também exigia arrependimento, obediência e ação.

A personalidade de Jesus era, entretanto, básica ao seu estilo de ajuda. Ele demonstrou em seu ensino, cuidado e aconselhamento naqueles traços, atitudes e valores que o tornaram eficaz como ajudador das pessoas e que servem de modelo para nós.

Jesus exerceu um trabalho absolutamente honesto, profundamente compassivo, altamente sensível e espiritualmente amadurecido. Ele dedicou a servir o seu Pai celestial e seus semelhantes (nessa ordem), preparou-se para sua obra mediante períodos freqüentes de oração e meditação, conhecia profundamente as Escrituras, e buscou ajudar as pessoas necessitadas a se voltarem para ele, onde podiam encontrar paz, esperança e segurança.

Jesus servia as pessoas em muitas vezes, através de sermões, mas também combateu os céticos, desafiou os indivíduos, curou os doentes, falou com os necessitados, encorajou os desanimados e deu exemplo de um estilo de vida santo.Em seus contatos com o povo, ele compartilhou exemplos tirados de situações reais e buscou constantemente estimular outros a pensarem e agirem de acordo com os princípios divinos. Ele aparentemente acreditava que alguns precisam de ouvido compreensivo que lhes dê atenção e consolo, e que discutam o problema, antes de poderem aprender através do confronto, desafio, conselhos ou pregação pública.

Aconselhamento Cristão (4ª parte)


A ESCOLHA DAS TÉCNICAS

O método de aconselhamento é o caminho a ser percorrido desde o momento em que a pessoa abre o coração revelando seus problemas, até a indicação de sugestões pelo conselheiro, que devem ser seguidas, rumo à solução.

Não existe um método único para o aconselhamento. É fundamental que o conselheiro aprenda os diferentes métodos e escolha a técnica mais apropriada para o caso que ele está enfrentando. No entanto, não descartamos a possibilidade de usar métodos diferentes em um mesmo momento, de acordo com as necessidades do aconselhado.

Consideremos alguns métodos de aconselhamento, os quais, nós como evangélicos podemos utilizar:

1. Aconselhamento de apoio

Este método consiste em deixar o aconselhado à vontade para desabafar, enquanto o conselheiro paciente e atentamente, ouve. Em seguida, utiliza os recursos da Bíblia para ajudar o aconselhado a achar respostas para seus dilemas.

O conselheiro oferecerá um ouvido atento e compreensivo à pessoa que necessita desabafar. Ele ajudará o aconselhado a encarar a situação com realismo, a expressar abertamente seus sentimentos de pesar, temor, frustração, ressentimento e culpa; a aceitar que também tem muita responsabilidade para solucionar o problema; a enfrentar situações que não podem ser mudadas, como a perda de um ser querido; e a dar passos construtivos na solução do problema.

Os recursos espirituais como as Escrituras, as promessas de Deus e a oração, são muito úteis no período de crise. Porém, o aconselhado pode reagir negativamente se o pastor tenta reencorajá-lo com um otimismo superficial que não esteja de acordo com a realidade: “Não se preocupe, vai dar tudo certo. O caso não é tão grave como você pensa”.

A atitude do conselheiro vale mais do que suas palavras. Se o conselheiro estiver tranqüilo, atento e demonstrar plena confiança em Deus, sua própria presença transmitirá apoio à pessoa em seu momento de crise.

Há outro aspecto que deve ser considerado no aconselhamento. As pessoas tímidas ou inseguras em decidir-se a fazer o que já sabem que é correto, necessitam de incentivo. Outras duvidam que tenham agido bem e necessitam ser encorajadas para continuar avançando em busca de uma solução.

2. Técnica Diretiva

O papel do conselheiro é semelhante ao do médico. A pessoa descreve o seu problema e o conselheiro formula perguntas, reúne informações, faz o diagnóstico e sugere as possibilidades de tratamento. A única responsabilidade do assistido é cooperar com o conselheiro e colocar em prática o conselho.

Os psicólogos profissionais que empregam essa técnica, geralmente começam a entrevista colhendo dados. Às vezes o aconselhado recebe questionários nos quais há perguntas acerca de sua personalidade, situação e interesse em resolver o problema. Em seguida recolhe os antecedentes da questão. Desta forma eles realizam uma análise básica do caso.

O segundo passo é organizar, avaliar e interpretar os dados para se traçar um histórico da vida do aconselhado. Em seguida tenta-se diagnosticar o problema, chegando-se a uma conclusão acerca de suas características e causas. Finalmente o conselheiro apresenta sugestões de solução, e faz o prognóstico de como esses esforços rumo à solução podem ser direcionados no futuro. Ele ajudará a pessoa a tomar sua própria decisão.

3. Técnica Não Diretiva

É uma a técnica muito usada pelos psicólogos. A aplicação da psicologia no aconselhamento cristão, porém, não deve negar a realidade do pecado, nem a importância da responsabilidade pessoal, nem o papel das Escrituras no processo de aconselhamento cristão. Pelo contrário, o conselheiro aprende do analista a importância de escutar, de compreender a pessoa que tem problemas, de sentir sua angústia, de aceita-la tal como ela é, de apoiá-la, de encorajá-la, de diminuir seu isolamento e solidão, e de aliar-se a ela na luta contra o seu problema.

Na técnica não diretiva, o assistido é a figura central; ele fala livremente de seus problemas e sentimentos. O conselheiro o escuta, reflete e responde. Ele não é juiz, nem um conselheiro possuidor de todas as respostas. O aconselhamento cristão é “um relacionamento interpessoal no qual duas pessoas se concentram no esforço de esclarecer os sentimentos e problemas de uma, e se colocam em comum acordo no que isso representa e no que estão tentando fazer para soluciona-los”.

O conselheiro ajuda o assistido a compreender-se a si mesmo, a encontrar a causa do problema, a ver as alternativas, a tomar sua própria decisão, e a realizá-la. Não tenta manipular a entrevista fazendo perguntas diretivas, oferecendo interpretações e respostas de clichê, e impondo suas soluções. Muito pelo contrário, ele ajuda o assistido a ajudar-se a si mesmo.

O conselheiro não responde sempre verbalmente. Um gesto, um sorriso ou um período de silêncio pode estimular o aconselhando a falar mais e a comunicar sua reação.

4. Aconselhamento por Confrontação

Esta é a técnica bíblica por excelência. Ela segue os moldes bíblicos, fazendo com que os pacientes enfrentem suas realidades morais, diante de Deus, dos homens e de si mesmos.

Há casos em que o conselheiro deve colocar os pecados do aconselhado, diante deste. O conselheiro deve atentar para não se comportar como juiz. Tanto o Antigo como o Novo Testamento, colocam a responsabilidade da conduta de um indivíduo sobre o próprio individuo. Jesus confrontou a mulher samaritana com a imoralidade dela (Jo 4.17,18), mostrou aos fariseus a hipocrisia farisaica (Mt 23), e apontou aos discípulos a falta de fé deles (Mt 8.26). A Bíblia diz: “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

Muitos psicólogos confirmam o que as Escrituras dizem, afirmando que a pessoa que tenta encobrir seu mal sofrerá cedo ou tarde de sentimento de culpa, de frustração e de ansiedade neurótica.

É interessante também notar, que Jesus nem sempre tocou no assunto do pecado diante das pessoas das quais ele estava tratando. Não disse nada contra os pecados de Zaqueu. Conseguiu leva-lo a confessar os seus pecados tratando-o com consideração.

Da mesma forma que Zaqueu, muitas pessoas necessitam hoje serem confrontadas diretamente com suas fraquezas. Porém, tal técnica pode ser algumas vezes contraproducente, e fará com que alguns aconselhados se coloquem na defensiva, sentindo-se rejeitados. Provavelmente resistirão o conselheiro e não receberão suas palavras. Tais pessoas devem encarar o pecado por sua própria conta. Muitas vezes o caminho indireto produz mais e feitos e produz resultados mais duradouros. O conselheiro necessita empregar sua sabedoria e sentir a direção do Espírito Santo para escolher a técnica adequada.

Detalhamento da Técnica:

  • O conselheiro recolherá informações acerca do problema, averiguando os antecedentes dele. Formulará perguntas para ter um conceito claro da situação e para ajudar ao aconselhado a reconhecer sua responsabilidade no problema.
  • Confrontar o aconselhado com as provas de seu mau comportamento. Ou seja, leva-lo a reconhecer que há pecado, e que ele tem que enfrentar a realidade. O conselheiro não pode esquecer que o objetivo do aconselhamento é restaurar a pessoa à comunhão com Deus e com os seus semelhantes (Gl 6.1).
  • Continuar aceitando o aconselhado, mesmo no caso em que este não queira reconhecer suas faltas. O conselheiro sabe que Deus rejeita o pecado, mas ama o pecador. Em alguns casos o aconselhado pode rejeitar durante o dialogo, as evidências de sua culpa, mas, em seguida ele geralmente as reconhece.
  • Levar a pessoa a confessar seu pecado a Deus e confiar no seu amor perdoador (1 Jo 1.9). Em caso de aconselhamento de uma pessoa descrente, pode ser que o conselheiro seja a única pessoa a quem o aconselhado confesse sua falta, pois ele talvez nem saiba como recorrer a Deus.
  • Ajudar o aconselhado a aceitar as contas contraídas por sua má conduta com as pessoas prejudicadas, ou seja, fazer com que ele restitua o que deve, caso isso seja possível. Em seguida o conselheiro deve ajuda-lo a levar uma vida digna de seu arrependimento.
5. Aconselhamento em Grupo

Alguns conselheiros têm se reunido com um grupo pequeno com o propósito de aconselhar várias pessoas ao mesmo tempo. Tem se conseguido sucesso extraordinário em aconselhar casais através dessa técnica.

O grupo terapêutico deverá reunir, em regra geral, de seis a nove pessoas, por ser este um bom número. Todos os integrantes considerarão seus problemas e objetivos em comum, procurando, por exemplo. Soluções para assuntos relacionados com a educação dos seus filhos ou com a melhora de sua vida matrimonial. O espírito de irmandade fará com que cada pessoa expresse o que sente.

No momento da ação do conselheiro ele não estará só, pois no grupo terapêutico, há tantos conselheiros como membros. Os membros escutam, aceitam, apóiam, confrontam e aconselham. Em regra os membros dirigem seus comentários uns aos outros e não ao líder. As pessoas passarão a ver os seus problemas a partir de uma nova perspectiva: a de seus companheiros de grupo.

O conselheiro servirá como líder do grupo, participando, observando e estimulando a conversação. Evitará que os participantes se desviem do tema. Escutará e comentará conceitos “a fim de esclarecer idéias que surjam de forma errada, às vezes, até de forma nebulosa”. Ele não monopolizará a conversação.

Regras a serem observadas para se ter bom proveito:

  • Os participantes devem prometer que manterão em segredo tudo o que for conversado nas reuniões. De outro modo ninguém terá plena confiança de expor os problemas de sua vida.
  • Cada um deve tirar a máscara de si mesmo e não aparentar ser o que não é ou que não sente. Porém, não deve abusar de sua liberdade denegrindo os outros ou relatando incidentes demasiadamente íntimos.
  • O amor cristão deve prevalecer.
  • Nenhuma pessoa tem o direito de monopolizar a conversação.
  • Acima de tudo, os integrantes devem ajudar-se mutuamente a carga e a orar uns pelos outros.
  • Os especialistas dessa técnica sugerem que o grupo se reúna a cada semana em um lugar diferente.
  • As pessoas devem sentar-se em circulo para facilitar a intercomunicação entre elas.
  • A seção durará uma hora e meia aproximadamente, e convém ter um momento social depois.
  • O ideal é que o grupo seja composto de no máximo doze membros.
Concluímos que o conselheiro deve escolher a técnica mais apropriada para o caso e utilizar o método que ele já domina.

LIVRE, MAS LIMITADO

Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quis...