quinta-feira, 25 de março de 2010

Aconselhamento Cristão (16ª parte)


ÉTICA DO CONSELHEIRO

O conselheiro é responsável pelo que faz, primeiro perante Deus, e em seguida, perante o aconselhado, e finalmente perante a sociedade em que vive. Ele sempre deve pensar no bem do aconselhado.

Vejamos alguns princípios da ética que devem reger o aconselhamento cristão:

1. Guardar confidências.

Aquilo que o aconselhado confessa ao conselheiro é considerado inviolável e não deve ser divulgado a ninguém sem a permissão da pessoa. O conselheiro jamais deve contar a um aconselhado os problemas de outro aconselhado, nem deve usar suas experiências provenientes de sua função, para ilustrar seus sermões. O conselheiro indiscreto é indigno de sua vocação.

2. Evitar o contato físico.

Deve-se evitar tudo o que possa produzir uma situação de tentação ou que possa despertar emoções malignas. O fato de o conselheiro ser uma pessoa regenerada e chamada ao ministério do evangelho, não o livra de sentir-se atraído pela pessoa aconselhada ou vice-versa.

3. Não esconder suas convicções cristãs.

A fé ou a crença do conselheiro deve influenciar tudo o que ele pensar ou fizer, inclusive no aconselhamento. Mais vale ser fiel a Deus e à sua Palavra do que cair na graça do aconselhado, se a pessoa tiver que escolher entre as duas coisas. Portanto, o conselheiro tem a responsabilidade perante Deus de apresentar ao aconselhado a verdade bíblica que está relacionada com o assunto considerado. Naturalmente, ele não deve impor a norma cristã, mas sim, apresentá-la.

4. Reconhecer suas próprias limitações.

Nenhum conselheiro pode ajudar a todos. Existem coisas muito difíceis, e apesar de o conselheiro fazer o possível, pode ser que não dê nenhum resultado.

Os problemas éticos surgem quando há conflitos de valores e decisões diferentes devem ser tomadas. Essas questões, quase sempre são confidenciais.

Exemplos:

  • Um aconselhado confessa ter infringido a lei ou que pretende prejudicar alguém. Você conta à polícia ou à vítima em potencial?
  • A filha de um líder da igreja revela estar grávida e que pretende fazer um aborto. O que você faz com essa informação?
  • Um jovem vem pedir-lhe ajuda a fim de obter maior autoconfiança com as mulheres. Qual a sua responsabilidade como conselheiro, desde que considera errado o sexo pré-nupcial?

O que fazer?

  • O conselheiro tem a obrigação de manter em segredo as informações confidenciais, a não ser que haja risco para o bem estar do aconselhado ou de outra pessoa.
  • Em tais ocasiões, o aconselhado deve ser orientado no sentido de transmitir a informação diretamente às pessoas envolvidas (polícia, pais, etc.).
  • Em regra geral, a informação não deve ser divulgada pelo conselheiro sem conhecimento do aconselhado.

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Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quis...