- A palavra "forma" refere-se não apenas à aparência, mas a existência de Jesus em forma de Deus, ou seja, Ele é divino.
- Cristo era a imagem e glória de Deus.
- É uma clara afirmação da deidade de Cristo.
b) "... não teve por usurpação..." (v. 6):
- Destaca o contraste entre o primeiro Adão e o segundo Adão (Cristo).
- Adão desejou ser "como Deus" (Gn 3.5). Cristo existindo na forma de Deus, ao invés de explorar sua posição, escolheu o caminho da humilhação (morte de cruz).
- Ele não estava tentando se tornar Deus e não se prendeu a privilégios que sempre foram dEle.
c) "... a si mesmo se esvaziou... (aniquilou-se)" (v. 7):
- Não diz que Cristo tirou de si mesmo sua identidade como Deus.
- O significado é que Ele deixou o seu status celestial, não seu ser divino.
- A natureza do seu esvaziar é definido em três fases que se seguem (v. 7): "assumindo... tornando-se... reconhecido".
- Não pôde deixar de ser celestial mesmo na sua humilhação.
d) "... assumindo a forma de servo" (v. 7):
- Servo, isto é, escravo.
- Deixou seu status.
e) "... figura humana... (forma humana)" (v. 7):
- Não somente se assemelhou aos homens, era verdadeiramente homem.
- Para morrer (v. 8) tinha que ser completamente humano.
- A aparência de Cristo como homem não era ilusão.
- Está claro as duas identidades de Cristo.
f) "... humilhou-se a si mesmo..." (v. 8):
- Foi um exercício de vontade pessoal de Cristo.
- Sua humilhação foi evidente a vida toda e atingiu seu ponto culminante na morte.
I - TESOUROS REVELADOS AOS HUMILDES
1. Coisas ocultas aos Sábios e Entendidos (Mt 11.25).
a) O que estava oculto?
- A Palavra de Deus.
- O mistério (Cristo) que esteve oculto (Cl 1.25-27).
- Mistério: nas religiões pagãs da época, os "mistérios" eram compreensões secretas fornecidas (normalmente mediante pagamento de taxa) a alguns poucos seletos iniciados.
- Mistério: com certa ironia Paulo usa o termo para revelação que Deus facultou sem preço algum às nações (Cl 1.27).
- Mistério: para Paulo, refere-se a algo que estava oculto, mas que agora está sendo revelado.
- Oculto: o propósito salvívico de Deus para com os gentios esteve em grande parte oculto deles antes da vinda de Cristo.
- Oculto: as gerações anteriores foram deixadas "andar em seus próprios caminhos" (At 14.16).
- Oculto: o AT revelou em sombras que Deus viria habitar pessoalmente entre seu povo (Cl 1.27; Ez 36.25-27).
- Oculto: que Deus criaria uma nova humanidade unindo gentios e judeus através de Cristo (Gn 12.3; Zc 9.9,10; Ef 3.5,6).
b) Explica-se aqui, O PORQUÊ DAS PARÁBOLAS - uma explicação através de figuras conhecidas, traçando um paralelo.
- Mt 13.13: "Vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem entendem".
- É que os judeus haviam rejeitado suas palavras. Embora o povo tivesse ouvidos para ouvir e olhos para ver, não tinham compreensão ou capacidade de discernir as coisas espirituais.
- Aos discípulos Ele disse: "A vós é dado comhecer o Reino dos Céus".
2. A Revelação aos Pequeninos (1Co 1.26,27).
a) Ele se referia aos humildes que se sentiam pequenos diante de Deus.
- São felizes os que reconhecem que estão falidos espiritualmente.
- Todos os homens são pobres de espírito, mas poucos reconhecem.
- Sentem não somente falta de riqueza espiritual, mas sentem-se inteiramente dependentes da graça de Deus.
- "E como dizes rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta, e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e cego, e pobre, e nu?" (Ap 3.17). "Pobre" aqui tem mais a idéia de mendigo e não somente de pobre.
- Se o homem reconhecer sua falência espiritual, Deus tem como agir: 1) depois da mulher do fluxo de sangue ter gastado tudo, veio a Jesus (Mc 5.26,27); 2) quando o filho pródigo gastou tudo, veio de volta a seu pai (Lc 15.14,20); 3) quando os egípcios gastaram tudo, vieram a José (Gn 47.18); 4) quando dois devedores nada tinham com que pagar, o credor perdoou a ambos (Lc 7.42).
b) Muitas eram as virgens, mas Maria foi a escolhida. "Muitas rainhas, concubinas e as virgens sem número; mas uma só é a minha pomba, a minha imaculada... as filhas lhe chamarão bem-aventurada e as rainhas e as concubinas a louvarão" (Ct 6.8-9).
c) Haviam muitos rapazes em Israel, mas José foi escolhido para ser o pai adotivo de Jesus.
d) Haviam muitos pastores, mas a alguns foi dada a oportunidade de ouvir os anhos anunciarem.
e) Quais são os cinco trabalhadores de Deus? (1Co 1.27,28): 1) as coisas loucas; 2) as coisas fracas; 3) as coisas vis; 4) as coisas desprezíveis; 5) as coisas que não são.
- Deus não esolheu uma árvore de boa madeira para chamar Moisés.
- Deus não usou uma queixada de leão, um marfim de elefante ou um chifre de veado para Sansão vencer.
- Deus não escolheu uma bomba, uma rocha ou uma pedra grande para Davi matar Golias.
- Deus não escolheu um berço de ouro para Jesus nascer.
II - CONVITE AOS HUMILDES (Mt 11.28)
a) "Vinde a mim, todos..." (v. 28).
- Um grande convite: "Vinde".
- Um grande alvo: "a mim".
- Uma grande oportunidade: "cansados e oprimidos".
- Uma grande promessa: "Eu vos aliviarei".
- Uma grande certeza: "achareis descanso".
Ou
- Algo a fazer: "Vinde a mim".
- Algo a tomar: "Tomai sobre vós o mu jugo".
- Algo a deixar: "O cansaço e a sobrecarga".
- Algo a encontrar: "Descando para as vossas almas".
III - TOMANDO O JUGO DA HUMILDADE DE JESUS
O jugo oriental é composto de dois pescoços. Se Cristo está conosco somos abençoados. Não existe lugar para um terceiro pescoço. "Não vos prendais a um jugo desigual" (2Co 6.14).
Jesus toma o lado mais pesado do jugo na caminhada (Fp 4.13).
Aquele que julga pesado o jugo de Cristo, não encontrará a coroa com facilidade.
Quando Cristo toma o fardo de culpa do pecador, tirando-os dos seus ombros, Ele põe o jugo de obediência sobre o seu pescoço.
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