Entre os vários critérios que definem o
que é certo e errado em qualquer uma de nossas atitudes, um deles é o respeito
pela consciência do irmão mais fraco (1Co 8.9). É necessário pensar no outro
primeiro (1Co 10.24).
Oxalá tivéssemos a liberdade de fazer o
que quiséssemos! Mas, espere: nós a temos (1Co 10.23). Por que importar com os
outros então? Eu explico, tento pelo menos:
1. Sua liberdade precisa deixá-lo livre
e não escravo. Somos livres para realizar toda a nossa vontade, mas não podemos nos tornar escravos dessa liberdade.
Liberdade mesmo é, antes de tudo, não fazer o que não quer!
2. Sua liberdade precisa edificar os
outros sempre. Gosto quando Paulo escreve aos Efésios 4.29: "Nenhuma
palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os
outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem".
Ele estabelece três requisitos para algo jorrar de nossa boca:
- O que for útil para edificar os
outros. Se servir, se construir, se promover, se não, não diga nada.
- Conforme a necessidade. Se não for
necessário, fique calado. O silêncio promove os sábios.
- Conceda graça aos que ouvem. Não é
massagem, é graça. É graça que os atribulados precisam.
3. Sua liberdade não pode ser a pedra
de tropeço de ninguém. Essa liberdade que escandaliza é traumatizante. Ela
violenta a fé do outro. Geralmente, o começo da jornada de fé é sensível,
melindrosa, pueril, frágil. Se esse bebê na fé testemunhar de algo que agora
luta para não fazer, que maturidade terá?
4. Sua liberdade deve priorizar o
outro. No fundo, a edificação que Deus promove em nós nunca é apenas em nós,
mas em nós para os outros. Crescer ao ponto de tornar-se superior não combina
com a proposta do Reino.
5. Sua liberdade deve definir o que é
permitido, lícito e edificante. Tudo é permitido, mas pode não ser lícito.
Algumas são lícitas, mas não edificam. Já as que edificam geralmente são
permitidas e lícitas.
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