domingo, 17 de maio de 2009

Cada dia aprendendo mais...

O culto de hoje (17 de Maio de 2009) foi uma benção. Embalados por uma inspiração sobrenatural, a orquestra fez-se ouvir a sua música como que tocada por anjos. Dois hinos da harpa, uma leitura bíblica em Neemias 1, foram a introdução da festa que temos todos os domingos. Maravilhoso, sem palavras!

Seguidos de alguns louvores pelos departamentos da Igreja, a multidão que cultuava a Deus parecia ser arrebatada com apresentação. Deus estava naquele ambiente. Sua glória era facilmente visível.

Mas o momento mais esperado ainda estava por vir. Nesta manhã recebemos em nossa EBD um pregador vindo do estado de São Paulo apresentou-se ao nosso pastor que confiando nas recomendações que o seguiam, convidou-o a estar do culto o qual estou descrevendo. Tudo certo: “o pregador da noite é de fora”, era o que dizíamos às pessoas que convidávamos.

Depois que o ministério de louvor prestou a Deus o louvor congregacional (neste momento, a congregação louva mesmo ao Senhor, não é apenas uma apresentação de um conjunto musical), passou-se a oportunidade para o pregador. Os olhos do povo estavam atentos para o que o “pregador de fora” diria. Qual seria a sua mensagem? Qual ensinamento ficaria guardado em nossos corações?

Antes de dizer como foi a mensagem do “pregador de fora”, quero dizer ao caro leitor como é a nossa Igreja. Liderada por um excelente pastor (Antonio Baltazar), nossa Igreja é constituída de um povo muito reverente, que realmente aprendeu sobre como estar na Casa do Senhor. As mensagens pregadas pelo nosso líder são sistemáticas e exaustivas. Vale a pensa ir para os cultos em que ele prega. Para os obreiros, por ter um pastor assim, o efeito é cascata: todos eles seguem a mesma linha de pensamento. Seus temas favoritos são: a Obediência a Deus, Reverência, Santidade, Salvação, Espírito Santo, Família, Perdão de pecados e outros mais, tudo isso baseado nas Sagradas Escrituras.

Pois bem, voltando ao assunto do “pregador de fora”. Chamou a atenção pela sua voz rouca e cansada. Voz de “pregador” mesmo. Agradeceu a oportunidade concedida, leu o texto de Isaías 49.1-3 e começou a sua mensagem.

Para tristeza de muitos, a voz rouca e cansada não é nada agradável aos ouvidos. De 20:50h até às 21:30h, o povo se manteve no templo sem muito esforço (o culto em nossa termina às 21:30h). Com uma pregação vazia, dizendo várias vezes estar falando sob a direção de Deus, o “pregador de fora” acabou com o clima que tínhamos no começo do culto. Esperávamos mais.

O sonoplasta ficou irado, pois o som em volume prejudicial aos ouvidos do público o deixa na carne.

A Igreja ficou triste, afinal de contas a gente espera que o culto seja agradável do começo ao fim.

Os visitantes. Esses são os mais prejudicados, afinal de contas eles esperam ouvir a Palavra de Deus.

Depois das 21:30h, senti tristeza. Várias pessoas, uma a uma foram saindo da Igreja, meneando suas cabeças em sinal de reprovação. E eu senti ainda mais pelo nosso pastor. Como se sentia o seu coração? Que pensava durante a pregação? Meu Deus! Por alguns instantes, orei a Deus por ele.

O que eu aprendi no culto de hoje?

1) Todo culto a Deus, da oração inicial até as bênçãos apostólicas, deve ser para o Senhor. Nossa vale muito pouco aqui, mas convém julgar para não cairmos no erro de achar que o culto de qualquer será apreciado por Deus.

2) Como nosso culto é prestado a Deus, esse também deve ser, em sua totalidade, grande. Não existe um momento mais importante que o outro.

3) Para que o povo veja que Deus está falando com a Igreja, não precisa de anúncios. Quando Deus fala, pode ser no lugar mais movimentado ou entre as vozes mais elevadas, afinal “a voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade. A voz do Senhor separa as labaredas do fogo. A voz do Senhor faz tremer o deserto; o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor faz parir as cervas, e descobre as brenhas; e no seu templo cada um fala da sua glória” (Salmos 29. 4, 7-9).

4) A glória de Deus repousa sobre toda a Igreja. Nada pior do que ouvir sentir o poder de Deus sozinho, tremer a carne com a glória de Deus sozinho, metralhar o povo com línguas estranhas e nada acontecer e o pior que podemos imaginar, perguntar a Igreja se estão entendendo a mensagem e não se ouvir resposta alguma. Tenha misericórdia de nós, Senhor!

5) Depois de um culto assim, fiquei ansioso pelo próximo. Fiquei com saudade de ouvir nossos obreiros locais, em especial nosso pastor, que dia após dia, vemos sua dedicação em trazer até o verdadeiro maná, onde, pelo seu testemunho entre nós, aceitamos suas palavras com facilidade, pois sobre ele repousa a verdadeira glória de Deus.

Que o Senhor nos inspire e que valorizemos mais o culto como um todo e não apenas as suas partes, mas que também sejamos visitados por mais homens de Deus e menos animadores de auditórios.

LIVRE, MAS LIMITADO

Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quis...