sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

LIVRE, MAS LIMITADO

Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quisermos, isso não é uma permissão para mudar o que é imutável. E ainda que cresçamos em relacionamento com Deus, há algo que precisamos definir: NINGUÉM MUDA O QUE DEUS CONCEITUOU!

NINGUÉM muda sua Palavra: sua Palavra é eterna. Deve ser reverenciada como de Deus para a humanidade. É a autoridade máxima em assuntos de fé e prática. Não pode haver voz além dela e nem maior que ela.

NINGUÉM muda os seus conceitos: Ele não ressignifica nada. Tudo o que Ele disse que é, é o que disse que é e ponto final. Cada aventura em modernizar esses inalteráveis conceitos se.constitui em pecado.

NINGUÉM muda os seus planos: Deus não faz jogatina com a vida de ninguém. Não promete algo pra rever depois. Sua concepção de plano inclui nosso "sim" e nosso "não"; inclui ventos a favor e contra.

NINGUÉM muda quem Ele é: Ele é eterno e imutável. Do começo ao fim, Ele é. Por isso, sua revelação a Moisés foi "Eu Sou" (Êxodo 3), o que basicamente significa "o que é, que continua sendo e que sempre será como sempre foi".

O TEXTO SAGRADO

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Uma das primeiras matérias teológicas que me encantou foi Bibliologia, o estudo das Sagradas Escrituras e sua mensagem. Descobrir que o santo livro de Deus foi inspirado, mas escrito por homens, confundia minha mente. A clara compreensão e aceitação disso, veio quando estudamos sobre os homens que escreveram mediante a inspiração. Nas palavras de Pedro," jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1.21). Esse simples texto traz luz sobre algumas trevas:

"jamais a profecia teve origem na vontade humana"

O texto que temos em mãos não foi escrito para atender uma necessidade local. Ainda que algumas vezes ele atenda especificamente determinadas situações, há princípios que são universais quanto ao caráter de Deus e sua vontade. Nem o melhor escritor do mundo e da história poderia escrever algo parecido com o texto sagrado.

"mas homens falaram da parte de Deus"

A inspiração do que foi escrito veio da parte de Deus. Não a ideia, nem o conteúdo, mas cada palavra. Deus teve o cuidado de inspirar palavra por palavra, para que não houvesse qualquer manipulação humana.

"impelidos pelo Espírito Santo"

Homens são homens e sempre há a tentação em falar algo em nome de Deus sem a sua autorização. Para que não houvesse esse erro, eles foram "impelidos pelo Espírito Santo". "Impelido" é uma palavra com sentido muito forte no Novo Testamento. A ideia de impelir é o mesmo usado por Jesus quando expulsava os demônios, sendo irresistível a continuação da possessão. Apenas impelidos pelo Espírito Santo, os homens poderiam ser fiéis ao "textus receptus".

Em várias obras de introdução bíblica, é possível encontrar as histórias dos escribas e seu contato com o texto. Há relatos de escribas antiqüíssima que eram tão zelosos quanto ao seu serviço que, quando iam escrever os nomes relacionados a Deus, especialmente o seu impronunciável nome, tomavam banho, pegavam uma pena nunca usada e com perícia acurada, escrevia o santo nome. Caso errassem a escrita do nome, toda a cópia em que estavam trabalhando, era anulada e descartada.

Quero dizer com isso algumas coisas que ponto em seguida:

1. O texto sagrado é inspirado. O próprio Deus trabalhou para que os homens tivessem em mãos a sua revelação. Ainda que alguns não acreditem nisso, é verdade e Deus mesmo a valida.

2. Há regras de ortodoxia para a sua interpretação. Essas regras servem justamente para que ninguém se atrevesse a mudar o que foi escrito. Cito apenas duas que considero suficientes: 1) O texto escrito deve ser interpretado conforme o autógrafo e 2) o texto não pode ser atualizado, nem contextualizado.

Uma das maravilhas da Bíblia é a sua capacidade de ser eterna. Ela não se renova, nem se atualiza, ela é eterna!

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

EQUILÍBRIO


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Houve um tempo em que não nos importávamos com o pregador, desde que ele pregasse a Palavra de Deus. Não nos atrevíamos a falar nada, porque tínhamos um profundo temor em relação ao mensageiro de Deus. Isso passou! Não porque tenhamos perdido o "temor" pelo "homem da Palavra", mas porque passamos a olhar exatamente para o que Jesus nos ensinou quanto aos frutos.

De uns anos pra cá, tenho ouvido muitos sermões fazendo um apelo a uma vida conforme o sermão, ou seja, uma busca por um equilíbrio entre o que se vive e o que se prega.

Recentemente, ouvi um pastor contar que certo pregador, desejoso por um Ministério de pregação impactante, tomou em suas mãos o sermão de Johnathan Edwards "Pecadores Perdidos nas Mãos de um Deus Irado" e decorou-o completamente, recheando com sua eloquência e avidez. Obteve uma oportunidade e pregou-o na íntegra. Pasmem, ao invés de se agarrarem as colunas do templo, como diz a história do antigo pregador, o povo "agarrou-se" ao sono. Nada aconteceu!

Um jovem seminarista, inflamado pelo desejo de pregar, esboçou sua mensagem no Salmo 23, o conhecido Salmo do Pastor. Em sua prédica, expôs minuciosamente cada palavra do salmo, enfatizando o original hebraico e os tempos verbais. A Igreja estática ouviu-lhe sem esboçar qualquer reação. Dias depois, um velho pastor leu o mesmo salmo, na mesma Igreja e os irmãos puderam celebrar a linda exposição bíblica. O jovem seminarista aproximou-se do velho pastor e disse-lhe: "Há poucos dias, preguei neste mesmo salmo, enriquecendo a Igreja com os detalhes exegéticos e nada aconteceu. Agora o senhor vem e prega o que todos já sabem e a Igreja se alegra. O que aconteceu? O que você tem?" O velho pastor respondeu: "O que aconteceu? O que eu tenho? A diferença, meu filho, é que você conhece o 'Salmo do Pastor', mas eu conheço 'O Pastor do Salmo'!"

Assim tem sido nos nossos dias. Ouve-se brilhantes sermões de quem não tem nada de Deus. Os homens piedosos estão em extinção. Busca-se mais leitura do que oração. Passa-se mais tempo debruçado em cima de livros do que com os joelhos no chão. Perguntaram à Aiden Tozer: "O que é mais importante: ler a Bíblia ou orar?" Ele respondeu: "O que é mais importante para um pássaro: a asa direita ou a asa esquerda?" Nossa vida cristã como pregador do Evangelho não pode ser dissociada daquilo que vivemos.

Tenho ouvido sermões duros de quem é liberal. Tenho ouvido sermões profundos de quem é superficial. Tenho ouvidos sermões que exaltam a vida cristã de quem é profano. Tenho ouvido sermões sobre família de quem já trocou de cônjuge. Tenho ouvido sermões sobre criação de filhos de quem já perdeu os seus. Tenho ouvido sermões sobre fé de quem chora suas misérias. Tenho ouvido sermões sobre misericórdia de quem é ávido por julgamentos e lerdo para ajudar o próximo. Tenho ouvido sermões sobre honestidade de quem publicamente conduz a Igreja para seus próprios devaneios. Isso precisa mudar!

O seu sermão condiz com o que você prega? Sua vida é aliada do seu sermão ou testemunha contra ele? Na próxima vez que for pregar, não pregue nada que não seja uma verdade em sua vida. Não pregue nada que não seja o Evangelho e que o Evangelho seja a sua vida. Como bem disse F. B. Meyer: "A maior prova de que a Bíblia é a verdade e funciona, são as vidas transformadas daqueles que creram nela".

O MELHOR DE NÓS


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Às vezes é preciso ouvir o que não queremos para acontecer o que Deus quer! O sermão duro é só um grito de Deus nos alertando do perigo cego aos nossos olhos!

Às vezes, a palavra que fere a consciência, salva a alma! A repreensão é só a outra face do amor do Salvador!

Às vezes, a dura correção termina por corrigir pra sempre! E se não fossem os tratamentos severos, seríamos piores do que somos!

Às vezes, Deus balança forte o nosso mundo para nos desprendermos do que passa e agarrarmos o que é eterno! Largar não é fácil e escolher certo é dificílimo!

Às vezes, Deus fecha porta, não para abrir outra, mas para dar a direção que precisamos. Portas fechadas podem ser um fracasso ou resistência a nós. Na contabilidade de Deus é um novo caminho!

Às vezes, Deus permite a tragédia justamente para estabelecer a paz.

Deus está te balançando? Sente-se chacoalhado por Ele? Ele está te segurando pela gola da camisa? Calma! Tem um caráter sendo moldado! Creia!

O JUÍZO POR VIR


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Há mais dos homens a ser revelado do que se imagina.

A vida à mostra dos olhos é pequena comparada com a vida secreta que têm. E mais terrível ainda é saber que o que não é visto já está fedendo. Impossível que permaneça como está.

Todo lixo varrido para debaixo do tapete será mostrado. Toda palavra frívola dita em fofocas será descoberta. Todo intento maligno projetado em secreto será exposto. Tudo o que foi visto às sombras será revelado.

Temo muito pela vida dos que escolheram mais as trevas do que a luz. Compadeço-me por aqueles que, alertados por Deus, cerraram os ouvidos para não ouvirem Sua voz. Angustia-me pensar que alguém tenha vivido tantos anos na hipocrisia que agora a verdade lhe dói.

Há anos, ainda criança, ouvia um curto hino que dizia: "Jesus vai peneirar, Jesus vai peneirar, os crentes que vão subir e os outros que vão ficar". Hoje eu posso dizer: Ele começou a peneirar! Espere pra ver! Torça pra ficar no lado bom a partir de agora. Não leia isso como coisa ruim, porque é bom! "No céu não entra pecado", diz o hino da harpa, mas a Bíblia já fiz isso há mais tempo.

Deus está aplicando seu juízo sobre a Igreja.

Líderes que esqueceram do propósito pelo qual Deus o confiou a direção de sua santa Igreja e que agora sentam-se na mesa de Jezabel, servindo de escândalo ao povo de Deus, CUIDADO!

Pastores que deveriam servir ao rebanho como mordomos, tornaram-se senhor e exigem tratamento vip, arrancando a lã e a carne das ovelhas para ter uma vida de sombra e água fresca, ARREPENDAM-SE!

Crentes nominais que conhecem o Evangelho, mas o negam com a sua vida, pecando deliberadamente, colocando o nome de Deus em jogo, manchando a fama da Igreja e escandalizando os membros do corpo de Cristo, O TEMPO DO JUÍZO É CHEGADO!

Chega de púlpitos lotados de cadáveres! Desçam ao cemitério ou ressuscitem! Chega! Muitos estão morrendo por causa de poucos!

A podridão começou a exalar mau-cheiro e vai explodir se esse lixo não for removido! Deus tem sido paciente com esses que não temeram o Seu nome, mas já chegou o tempo e começará pela Casa de Deus (1 Pedro 4.17).

Ouviremos péssimas notícias relacionadas a fé cristã a partir de agora, mas acalme-se, Deus está limpando a casa e podando a árvore!

NEM SEMPRE É O QUE É


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Tem gente que é bom sendo mau e tem gente que é mau sendo bom.

Tem "sim" que é pior do que "não" e tem "não" que é melhor do que "sim".

Tem mão que é pior ferrão e tem ferrão que serve como mão.

Tem nada que é tudo e tem tudo que é nada.

Tem conforto que paralisa e tem luta que impulsiona.

Tem afago que machuca e tem dor que sara.

Tem manhã que causa desespero e tem noite que traz inspiração.

Tem gente que é amado por causa de mentiras e tem gente que é odiado por causa de verdades.

Tem calmaria que nos faz duvidar e tem tempestade que traz a certeza.

Tem dezembro que é começo e tem janeiro que é final.

Tem meio-dia que já é tarde e tem meia-noite que é ainda é cedo.

Tem presente que é uma tragédia e tem tragédia que é um presente.

Tem alegria quando um ser nasce e tem reflexão quando chega o final.

Tem chegada que é uma tragédia e tem despedida que é um suspiro.

Transforme o que lhe vem às mãos. Proteja o seu coração. Coloque filtros em seus ouvidos. Reveja o caminho dos seus passos. Conserve a pureza em seus olhos. Ame intensamente. E se alguém perguntar a razão de ser assim, responda: "Decidi não andar por mim!"

POR POUCAS HORAS


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Só por poucas horas, parecia que a morte tinha vencido. O povo enlutado, os discípulos amedrontados, os apóstolos recolhidos e os religiosos comemorando. Só por poucas horas.

Da sexta até a manhã de domingo. Sim, por poucas horas! Não deu tempo de ninguém comemorar intensamente. O sábado era de descanso, ninguém se movia. Esperaram chegar o domingo para finalmente ouvirem a maior notícia de todos os tempos: Jesus ressuscitou!

Não adianta mentir dizendo que roubaram o corpo, porque, se roubaram, cadê o corpo? Não, eles não tinham como levar adiante essa história! Tentaram, mas não conseguiram. Enganaram e acabaram sendo enganados. Ninguém que viu "o corpo" sentiu medo. O que sentiram foi paz e certeza que o que Ele disse em vida, agora vida depois da morte.

Por poucas horas, a pedra pareceu ter sido dinamitada, explodida e feita em pó. Só por poucas horas. O jornal da sexta trazia o maior luto da história, e não haveria enredo para terminar o que começaram. Por poucas horas, os jornais tinham uma errata a ser publicada: o morto está vivo! Loucura! Mortos são enterrados, não são vistos andando pelas ruas, nem aparecendo a ninguém! Verdade! Por poucas horas, tudo o que sabiam sobre a morte mudou drasticamente. A teologia sobre os que vão e nunca voltam, agora tem um novo capítulo e é um capítulo de esperança. Os que morrem, podem voltar a viver, basta crer!

Em poucas horas, a notícia da morte viva penetrou as salas secretas e deixou a todos perturbados. Naquele sábado, ninguém falava sobre outra coisa, murmuraram pelos cantos e cochichavam nos ouvidos como se ainda estivessem diante do morto. O corpo estava encerrado na tumba, mas sua essência já estava com o Pai.

Bastou clarear um pouquinho aquele domingo e algumas mulheres correram para o ritual de embalsamamento do corpo de Jesus. Mas chegando lá, nada de corpo encontraram. Encontraram a pesada pedra removida e seres celestiais sentados em cima dela, com a boca pronta pra contar a maior história de todos os tempos: Ele não está aqui, já ressuscitou!

Foram poucas horas para um grande acontecimento! Foram três anos de intenso ministério! Foram trinta e três anos entre nós como homem! Mas nem a eternidade toda tirará o brilho de saber que, de onde Ele está, é Emanuel nosso!

Enxugue as lágrimas! A morte o levou por poucas horas, e dentro de poucas horas a morte já não levará mais ninguém!

A SÍNDROME DOS PASTORES ASSÍRIOS


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por Elizeu Gomes

Uma das culturas que permeiam nosso meio e já dura décadas, é ver a frustração de alguns pastores que percebem que seu trabalho durou apenas enquanto ele esteve na liderança daquela igreja. E a motivação que liderou todo processo, foi por água abaixo com a chegada do “novo” ou do "outro" pastor.

Todos nós vemos a situação quando um pastor deixa sua igreja e seus objetivos, sua visão saem de lá com ele também. Peca-se demais quando alguns pastores não tem a humildade de dar continuidade ao trabalho de um colega, e a isto eu chamo de "Síndrome dos Assírios”. Por quê?

Remetendo-se à história, muitos impérios passaram pela face da terra, entre eles, por exemplo, o Babilônico, que quando conquistava os povos, trazia cativos os líderes, levava as mentes pensantes, e deixava nas nações os costumes, a língua, a cultura e o código de leis. No entanto, ao contrário dos Babilônicos, os Assírios, quando conquistavam uma nação, destruíam tudo que viam pela frente, faziam uma devastação sem precedentes, para não deixar vestígios que um dia um povo anterior ou nação se quer existiu. Eles tinham prazer em acabar com tudo. Eram temidos pela forma brutal com que matavam e exterminavam seus inimigos. Por conta deste infame comportamento a humanidade perdeu gloriosos registros e documentos importantes, fora obra de artes, etc.

Pois bem, hoje em dia vemos claramente isto acontecer exatamente na transição pastoral.

O pastor que está saindo elaborou tantos sonhos, lutou, orou, suou a camisa, investiu e cumpriu boa parte do projeto (se não todo), o povo local foi envolvido, algumas pessoas abraçaram a causa e colocou sua paixão, coração; a igreja desenvolveu um tipo de identidade, foi de certa forma mobilizada. Todavia, quando chega o novo pastor (especialmente os Assírios), ele tem o prazer de apagar tudo o que o outro construiu. É aquela famosa ilustração onde as pessoas não querem colocar a azeitona em cima da empadinha dos outros.

A psicóloga Arlete Gomes afirma que um adulto para se autoafirmar precisa ter vivido uma experiência traumática que o fez sentir-se ignorado, rejeitado, esquecido ou colocado em algum lugar inferior. Após viver todos esses percalços, esse adulto não teve condições de superá-los. Sendo assim, ele tornou-se incapaz diante dos valores e das expectativas sociais. Por este motivo, a autoafirmação é manifestada como uma necessidade muito forte de se firmar diante dos outros, afinal, ele quer ser aprovado, reconhecido, elogiado. Essa necessidade de exaltação faz com que esse adulto deixe de olhar para dentro de si, ignorando que é no seu interior que se encontram os reais motivos que irá induzi-lo a parar de almejar o reconhecimento.

A motivaçao destes “pastores assírios” é má, seu interesse não é o reino de Deus e sim seu “reino pessoal”, sua índole não é inclinada ao sentimento em que “todos podem somar na individualidade e comemorar na coletividade”, não mesmo, eles querem “reinventar a roda” para dizer: “fui eu e não ele...”, eles idealizam uma comemoração “para sí”. São pedantes, arrogantes, "interesseiros" e cada ação comprova sua incapacidade.

A incapacidade promove uma luta desenfreada pela auto afirmação de identidade pastoral.
Por falta destes pastores em dar continuidade aos processos que foram sucessos comprovados (eles não conseguem reconhecer porque a mediocridade os cega), a igreja local sente, a mesma igreja sofre, perde-se pessoas e a obra de Deus atravanca porque o Espírito Santo se entristece com esta forma de realizar o ministério pessoal.

Minha primeira igreja como pastor titular foi em Caruaru, PE. Eu era um pastor jovem, recém-formado, cheio de apostilas e livros tipo: “Como fazer para ter a maior igreja do mundo...” Cheguei mudando tudo e apagando tudo o que fosse possível do pastor Euclides, que era o pastor anterior (hoje me lembro de sua feição de tristeza, e isso me dói). Mudei o nome de cultos, horários das reuniões, reloquei os dias dos eventos, pintei o salão, comprei equipamentos, tudo em cima da infame frase: “pastor novo, vida nova”. Como se diz no popular: “deu ruim”. A frequência caiu, as entradas minguaram e o silêncio foi letal. Foi drástico aquele momento, era a minha primeira igreja.

Rapidamente, quando me vi em apuros, liguei para o SD, que na altura era meu pai, Pr. Manoel Murilo Gomes e lhe contei a tristeza do meu primeiro impacto como pastor titular. Papai, era um pastor experiente, na época com 30 anos de ministério, sorriu e me disse: “Filho, eu me esqueci de te aconselhar. A melhor forma de assumir uma igreja é chegar e perguntar: “Como vocês dançam aqui?” e aí você dança com eles, mesmo que não seja a sua dança, até que eles sintam que você se interessou pela dança que eles já estavam acostumados a dançar. Desta forma, você vai ganhar a confiança deles e ai vai chegar o momento, isto é natural e rápido, em que eles vão te perguntar: “pastor, e aí, qual é a sua dança?” então, você pode fazê-los dançar a sua música”.

Pastor que chega numa igreja apagando tudo e implantando sua dança, vai magoar pessoas, ferir outras e entristecer a Deus. Recomece, tente saber o que está terminado, ou em construção, ou que você mexeu que era importante para eles, busque recolocar “o que era do outro pastor”, faça o povo saber que você respeita a liderança passada, embora você saiba que a sua é bem “melhor”. Confesso que foi a minha salvação, e logo depois de 4 meses a igreja estava nos passos da minha dança.

Na transição, dar continuidade no que você encontrou, não significa anular sua vida e ministério, porque o que você é ou o que você tem, se é algo que Deus lhe entregou, nada e ninguém vai arrancar de você. No entanto, Deus tem o momento certo para que tudo isto possa aflorar.

Não se engane! Neste “progresso assírio” uma coisa pior pode acontecer: a igreja te interpretar como arrogante e soberbo; aí será o fim, e pra recuperar, a demora vai ser grande. Uma vez li uma frase: “Não reclame do que você encontrou, porque quando foi feito você não estava aqui para participar”.

Se você deseja ser um pastor humilde, se você almeja ser um pastor que todos amem e gostem, por favor, respeite os marcos antigos, valorize onde as pessoas deixaram seus corações, aos poucos receba o reconhecimento do povo e assim você poderá fazer igual aos Babilônicos (se isto foi uma das coisas boas que eles deixaram), mudar os paradigmas, e mudança de paradigmas constrói uma visão inabalável.

Respeite seu colega que saiu e não tenha medo de colocar azeitona na empada dele, afinal, ambos trabalham para o mesmo Rei e Reino, não é mesmo? A glória não é sua e nem do outro pastor, embora os méritos sejam de ambos, mas a Glória é de Deus que a todos recompensa segundo seu trabalho. Assim você terá a melhor e a maior igreja, enquanto firma-se como o melhor e maior pastor de todos os tempos para aquele povo.

Dar continuidade ao trabalho, suor, esforço e paixão do colega antecessor não significa anular sua visão pessoal e sim, respeitar, honrar, reverenciar o serviço que seu antecessor deixou como legado e a partir dai Deus dará a oportunidade de estabelecer uma igreja maior e melhor, onde as pessoas entendam que o ministério é realizado por obreiros que possuem o mesmo objetivo enquanto trabalham de forma diferente.

Como eu viajo bastante e sou conferencista, encontro muitos pastores tristes no período de seis meses após os concílios, porque o primeiro semestre após as nomeações é o tempo em que os “pastores assírios” destroem tudo o que os outros deixaram para se auto promoverem e chegarem “bombando” na sua estreia. O lado ruim é que vejo alguns colegas cabisbaixos dizendo: “dei meu sangue naquele projeto, sacrifiquei minha família, naquela causa, muita coisa deu certo e o amigo lá mudou tudo e apagou tudo, trocou nomes, etc”. Nesta hora, tudo o que faço e abraçar e consolar colega porque eu já passei pela mesma experiência e sei como dói.

Certa vez, meu amigo, o cantor Dilardino Ferreira, me lembrou do costume dos Leões que ao conquistar a fêmea do leão rival, mata os filhotes. A escritora Maria Ramos, em seu blog: “Toca da Leoa, vida de leão” diz: “Tirando a visão romântica tipo "Rei Leão", as leoas não precisam de um par para sobreviver. Elas são capazes de caçar e de se sustentar. Elas defendem os filhotes e são sociáveis. Elas formam grupos e dividem as tarefas. O leão só se junta ao grupo para "dominá-lo". Você já deve saber que quando há "troca" de leão dominante, o novo macho mata todos os filhotes para que as leoas entrem no cio; eles, na verdade, estão mais interessados em ter um território e ter fêmeas que os alimentem".

Veja o exemplo de João Batista: “eu vim preparar o caminho...” João não tinha problema em colocar “azeitona na empadinha de Jesus” (desculpe o colóquio), o próprio Jesus deu honras a João e ainda disse: “eu vim fazer as obras do meu pai”. Há pastores que dizem com suas ações: “eu vim destruir as obras do meu antecessor”. Bom, fiquemos com a mensagem dAquele que nos envio de fato: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.21).

A CRISE DO AMOR


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Difama, depois diz que ama. Calunia, depois diz que admira. Fere, depois diz que foi sem querer. Trai, depois diz que fraquejou. Cospe, depois se resolve. Maltrata, depois disfarça. Fofoca, depois encena. Finge, depois se acerta. Nega, depois afirma. Sim, depois não. Jura, mas, se ameaçar, mente.

Há pouca verdade em circulação! É uma pena que nossa malícia tenha crescido tanto a ponto de nos tornar desconfiados em tudo.

Queremos amar, mas sempre temos um pé atrás, uma pulga atrás da orelha. Queremos amar, mas as decepções sugaram nossas forças. Queremos amar, mas temos medo de nos entregarmos de verdade. Queremos amar, mas será que reconheceriam algo tão sublime? Será que existe amor aos moldes de Deus? Será que alguém ama como Jesus ensinou?

Tudo bem, eu sei que subi o padrão demais. É que sempre que pensamos em amor, relacionamos com Deus, porque nEle encontramos a expressão mais-que-perfeita do amor.

Assim como a mentira é coisa dos homens (Números 23.19), o amor é coisa de Deus, porque a identidade de Deus é o amor (1 João 4.8). Daí, deduzimos algumas coisas:

1. Deus é a fonte de todo amor! Não confunda o que chamam hoje de amor com o amor de Deus. Esse amor divino é altruísta, veraz, doador e condescendente. É solidário, generoso, bondoso e benigno. É desinteressado, abnegado, resignado e decidido. Nesse amor, alcançamos salvação, perdão e reconciliação.

2. Deus nos ama! Apesar de nós, Ele nos ama. Incansável, inegável e indesistível. Ele nos espera com paciência. Recebe-nos com festa, mas não esqueça: banho de graça antes das novas vestes. Ninguém abraça o Senhor sem depois se lavar. É que sua santidade, o zelo do seu amor nos constrange. Não dá pra ficar sujo perto dEle. Quem tentou, percebeu a distância (Isaías 59.2).

3. Não há amor onde não há Deus! Nem em família é possível sentir amor sem Deus nos encha antes. Por vezes, confundimos afeição, simpatia, afinidade ou sentimento com o amor. É compreensível tal ignorância e confusão. O amor está em crise, é raro de se ver, de se sentir e de se receber!

Pensando nisso:

1. Assuma o compromisso de amar!

2. Ore a Deus para que ministre em seu coração mais amor!

3. Discirna as oportunidades de amar!

4. Ame sem esperar nada em troca, sem precisar ser visto!

5. Desperte amor nas pessoas!

6. Ame de verdade!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO



Diante de nós, há duas formas de encarar a vontade de Deus:

A primeira, sendo-lhe obediente. Mas só obedecer não resolve. Os fariseus obedeciam a vontade Deus constante em sua Palavra. Eram ávidos para cumpri-la, mas pecavam no próximo passo. A obediência pode ser fruto de uma mente adestrada. Só isso! É fazer o que Deus manda, sem saber porque faz! Nesse processo, obedecer pode ser desastroso.

A lei dizia que toda mulher adúltera deveria ser apedrejada. Pois bem! Trouxeram diante de Jesus uma mulher flagrada em adultério, mas obedecer naquele dia e daquela forma era ignorar os apelos da consciência. Era só cumprir a lei, em completa ignorância. Servir a Deus em ignorância é inútil. Não é isso que Ele quer. Ele quer não apenas servos, Ele quer amigos, que conhecem a razão do serviço. Conheço vários que mantém uma relação com Deus à distância. Ouvem sua voz, mas nunca viram seu aspecto. Veem seu brilho, mas jamais sentem o seu cheiro. É poético, eu sei, mas demonstra o abismo que existe entre eles é Deus que chama a estar mais perto. Como já disse, só obedecem!

A segunda forma de encarar a vontade de Deus é sendo-lhe submisso. Aí sim! A submissão é a capacidade de aceitar a responsabilidade de Deus sob as consequências de seus atos. Quando um servo é submisso, consegue descansar em cada situação. Dois exemplos ilustram bem essa situação: Daniel e Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.

Sob a pena de ser lançado na cova de leões, caso clamasse a outro deus que não fosse o rei, Daniel, submisso a Deus, buscou o Senhor e, como consequência, foi parar na cova. Confiando que sua vida estava nas mãos de Deus, com confiança desceu e, de lá, subiu.

Ameaçados com a fornalha de fogo, submissos a Deus, os três jovens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvaram ante a estátua de Nabucodonosor e foram lançados como juízo a tamanha afronta. Resultado? Saíram de lá completamente ilesos. Ironicamente, a Bíblia diz que "nem cheiro de fogo" havia neles.

Deus quer a nossa obediência a Ele, mas quer nossa submissão também. A obediência é a capacidade de ser guiado. Submissão é a confiança no plano de Deus, independente de onde der!

LIVRE, MAS LIMITADO

Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quis...