terça-feira, 25 de dezembro de 2018

EQUILÍBRIO


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Houve um tempo em que não nos importávamos com o pregador, desde que ele pregasse a Palavra de Deus. Não nos atrevíamos a falar nada, porque tínhamos um profundo temor em relação ao mensageiro de Deus. Isso passou! Não porque tenhamos perdido o "temor" pelo "homem da Palavra", mas porque passamos a olhar exatamente para o que Jesus nos ensinou quanto aos frutos.

De uns anos pra cá, tenho ouvido muitos sermões fazendo um apelo a uma vida conforme o sermão, ou seja, uma busca por um equilíbrio entre o que se vive e o que se prega.

Recentemente, ouvi um pastor contar que certo pregador, desejoso por um Ministério de pregação impactante, tomou em suas mãos o sermão de Johnathan Edwards "Pecadores Perdidos nas Mãos de um Deus Irado" e decorou-o completamente, recheando com sua eloquência e avidez. Obteve uma oportunidade e pregou-o na íntegra. Pasmem, ao invés de se agarrarem as colunas do templo, como diz a história do antigo pregador, o povo "agarrou-se" ao sono. Nada aconteceu!

Um jovem seminarista, inflamado pelo desejo de pregar, esboçou sua mensagem no Salmo 23, o conhecido Salmo do Pastor. Em sua prédica, expôs minuciosamente cada palavra do salmo, enfatizando o original hebraico e os tempos verbais. A Igreja estática ouviu-lhe sem esboçar qualquer reação. Dias depois, um velho pastor leu o mesmo salmo, na mesma Igreja e os irmãos puderam celebrar a linda exposição bíblica. O jovem seminarista aproximou-se do velho pastor e disse-lhe: "Há poucos dias, preguei neste mesmo salmo, enriquecendo a Igreja com os detalhes exegéticos e nada aconteceu. Agora o senhor vem e prega o que todos já sabem e a Igreja se alegra. O que aconteceu? O que você tem?" O velho pastor respondeu: "O que aconteceu? O que eu tenho? A diferença, meu filho, é que você conhece o 'Salmo do Pastor', mas eu conheço 'O Pastor do Salmo'!"

Assim tem sido nos nossos dias. Ouve-se brilhantes sermões de quem não tem nada de Deus. Os homens piedosos estão em extinção. Busca-se mais leitura do que oração. Passa-se mais tempo debruçado em cima de livros do que com os joelhos no chão. Perguntaram à Aiden Tozer: "O que é mais importante: ler a Bíblia ou orar?" Ele respondeu: "O que é mais importante para um pássaro: a asa direita ou a asa esquerda?" Nossa vida cristã como pregador do Evangelho não pode ser dissociada daquilo que vivemos.

Tenho ouvido sermões duros de quem é liberal. Tenho ouvido sermões profundos de quem é superficial. Tenho ouvidos sermões que exaltam a vida cristã de quem é profano. Tenho ouvido sermões sobre família de quem já trocou de cônjuge. Tenho ouvido sermões sobre criação de filhos de quem já perdeu os seus. Tenho ouvido sermões sobre fé de quem chora suas misérias. Tenho ouvido sermões sobre misericórdia de quem é ávido por julgamentos e lerdo para ajudar o próximo. Tenho ouvido sermões sobre honestidade de quem publicamente conduz a Igreja para seus próprios devaneios. Isso precisa mudar!

O seu sermão condiz com o que você prega? Sua vida é aliada do seu sermão ou testemunha contra ele? Na próxima vez que for pregar, não pregue nada que não seja uma verdade em sua vida. Não pregue nada que não seja o Evangelho e que o Evangelho seja a sua vida. Como bem disse F. B. Meyer: "A maior prova de que a Bíblia é a verdade e funciona, são as vidas transformadas daqueles que creram nela".

O MELHOR DE NÓS


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Às vezes é preciso ouvir o que não queremos para acontecer o que Deus quer! O sermão duro é só um grito de Deus nos alertando do perigo cego aos nossos olhos!

Às vezes, a palavra que fere a consciência, salva a alma! A repreensão é só a outra face do amor do Salvador!

Às vezes, a dura correção termina por corrigir pra sempre! E se não fossem os tratamentos severos, seríamos piores do que somos!

Às vezes, Deus balança forte o nosso mundo para nos desprendermos do que passa e agarrarmos o que é eterno! Largar não é fácil e escolher certo é dificílimo!

Às vezes, Deus fecha porta, não para abrir outra, mas para dar a direção que precisamos. Portas fechadas podem ser um fracasso ou resistência a nós. Na contabilidade de Deus é um novo caminho!

Às vezes, Deus permite a tragédia justamente para estabelecer a paz.

Deus está te balançando? Sente-se chacoalhado por Ele? Ele está te segurando pela gola da camisa? Calma! Tem um caráter sendo moldado! Creia!

O JUÍZO POR VIR


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Há mais dos homens a ser revelado do que se imagina.

A vida à mostra dos olhos é pequena comparada com a vida secreta que têm. E mais terrível ainda é saber que o que não é visto já está fedendo. Impossível que permaneça como está.

Todo lixo varrido para debaixo do tapete será mostrado. Toda palavra frívola dita em fofocas será descoberta. Todo intento maligno projetado em secreto será exposto. Tudo o que foi visto às sombras será revelado.

Temo muito pela vida dos que escolheram mais as trevas do que a luz. Compadeço-me por aqueles que, alertados por Deus, cerraram os ouvidos para não ouvirem Sua voz. Angustia-me pensar que alguém tenha vivido tantos anos na hipocrisia que agora a verdade lhe dói.

Há anos, ainda criança, ouvia um curto hino que dizia: "Jesus vai peneirar, Jesus vai peneirar, os crentes que vão subir e os outros que vão ficar". Hoje eu posso dizer: Ele começou a peneirar! Espere pra ver! Torça pra ficar no lado bom a partir de agora. Não leia isso como coisa ruim, porque é bom! "No céu não entra pecado", diz o hino da harpa, mas a Bíblia já fiz isso há mais tempo.

Deus está aplicando seu juízo sobre a Igreja.

Líderes que esqueceram do propósito pelo qual Deus o confiou a direção de sua santa Igreja e que agora sentam-se na mesa de Jezabel, servindo de escândalo ao povo de Deus, CUIDADO!

Pastores que deveriam servir ao rebanho como mordomos, tornaram-se senhor e exigem tratamento vip, arrancando a lã e a carne das ovelhas para ter uma vida de sombra e água fresca, ARREPENDAM-SE!

Crentes nominais que conhecem o Evangelho, mas o negam com a sua vida, pecando deliberadamente, colocando o nome de Deus em jogo, manchando a fama da Igreja e escandalizando os membros do corpo de Cristo, O TEMPO DO JUÍZO É CHEGADO!

Chega de púlpitos lotados de cadáveres! Desçam ao cemitério ou ressuscitem! Chega! Muitos estão morrendo por causa de poucos!

A podridão começou a exalar mau-cheiro e vai explodir se esse lixo não for removido! Deus tem sido paciente com esses que não temeram o Seu nome, mas já chegou o tempo e começará pela Casa de Deus (1 Pedro 4.17).

Ouviremos péssimas notícias relacionadas a fé cristã a partir de agora, mas acalme-se, Deus está limpando a casa e podando a árvore!

NEM SEMPRE É O QUE É


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Tem gente que é bom sendo mau e tem gente que é mau sendo bom.

Tem "sim" que é pior do que "não" e tem "não" que é melhor do que "sim".

Tem mão que é pior ferrão e tem ferrão que serve como mão.

Tem nada que é tudo e tem tudo que é nada.

Tem conforto que paralisa e tem luta que impulsiona.

Tem afago que machuca e tem dor que sara.

Tem manhã que causa desespero e tem noite que traz inspiração.

Tem gente que é amado por causa de mentiras e tem gente que é odiado por causa de verdades.

Tem calmaria que nos faz duvidar e tem tempestade que traz a certeza.

Tem dezembro que é começo e tem janeiro que é final.

Tem meio-dia que já é tarde e tem meia-noite que é ainda é cedo.

Tem presente que é uma tragédia e tem tragédia que é um presente.

Tem alegria quando um ser nasce e tem reflexão quando chega o final.

Tem chegada que é uma tragédia e tem despedida que é um suspiro.

Transforme o que lhe vem às mãos. Proteja o seu coração. Coloque filtros em seus ouvidos. Reveja o caminho dos seus passos. Conserve a pureza em seus olhos. Ame intensamente. E se alguém perguntar a razão de ser assim, responda: "Decidi não andar por mim!"

POR POUCAS HORAS


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Só por poucas horas, parecia que a morte tinha vencido. O povo enlutado, os discípulos amedrontados, os apóstolos recolhidos e os religiosos comemorando. Só por poucas horas.

Da sexta até a manhã de domingo. Sim, por poucas horas! Não deu tempo de ninguém comemorar intensamente. O sábado era de descanso, ninguém se movia. Esperaram chegar o domingo para finalmente ouvirem a maior notícia de todos os tempos: Jesus ressuscitou!

Não adianta mentir dizendo que roubaram o corpo, porque, se roubaram, cadê o corpo? Não, eles não tinham como levar adiante essa história! Tentaram, mas não conseguiram. Enganaram e acabaram sendo enganados. Ninguém que viu "o corpo" sentiu medo. O que sentiram foi paz e certeza que o que Ele disse em vida, agora vida depois da morte.

Por poucas horas, a pedra pareceu ter sido dinamitada, explodida e feita em pó. Só por poucas horas. O jornal da sexta trazia o maior luto da história, e não haveria enredo para terminar o que começaram. Por poucas horas, os jornais tinham uma errata a ser publicada: o morto está vivo! Loucura! Mortos são enterrados, não são vistos andando pelas ruas, nem aparecendo a ninguém! Verdade! Por poucas horas, tudo o que sabiam sobre a morte mudou drasticamente. A teologia sobre os que vão e nunca voltam, agora tem um novo capítulo e é um capítulo de esperança. Os que morrem, podem voltar a viver, basta crer!

Em poucas horas, a notícia da morte viva penetrou as salas secretas e deixou a todos perturbados. Naquele sábado, ninguém falava sobre outra coisa, murmuraram pelos cantos e cochichavam nos ouvidos como se ainda estivessem diante do morto. O corpo estava encerrado na tumba, mas sua essência já estava com o Pai.

Bastou clarear um pouquinho aquele domingo e algumas mulheres correram para o ritual de embalsamamento do corpo de Jesus. Mas chegando lá, nada de corpo encontraram. Encontraram a pesada pedra removida e seres celestiais sentados em cima dela, com a boca pronta pra contar a maior história de todos os tempos: Ele não está aqui, já ressuscitou!

Foram poucas horas para um grande acontecimento! Foram três anos de intenso ministério! Foram trinta e três anos entre nós como homem! Mas nem a eternidade toda tirará o brilho de saber que, de onde Ele está, é Emanuel nosso!

Enxugue as lágrimas! A morte o levou por poucas horas, e dentro de poucas horas a morte já não levará mais ninguém!

A SÍNDROME DOS PASTORES ASSÍRIOS


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por Elizeu Gomes

Uma das culturas que permeiam nosso meio e já dura décadas, é ver a frustração de alguns pastores que percebem que seu trabalho durou apenas enquanto ele esteve na liderança daquela igreja. E a motivação que liderou todo processo, foi por água abaixo com a chegada do “novo” ou do "outro" pastor.

Todos nós vemos a situação quando um pastor deixa sua igreja e seus objetivos, sua visão saem de lá com ele também. Peca-se demais quando alguns pastores não tem a humildade de dar continuidade ao trabalho de um colega, e a isto eu chamo de "Síndrome dos Assírios”. Por quê?

Remetendo-se à história, muitos impérios passaram pela face da terra, entre eles, por exemplo, o Babilônico, que quando conquistava os povos, trazia cativos os líderes, levava as mentes pensantes, e deixava nas nações os costumes, a língua, a cultura e o código de leis. No entanto, ao contrário dos Babilônicos, os Assírios, quando conquistavam uma nação, destruíam tudo que viam pela frente, faziam uma devastação sem precedentes, para não deixar vestígios que um dia um povo anterior ou nação se quer existiu. Eles tinham prazer em acabar com tudo. Eram temidos pela forma brutal com que matavam e exterminavam seus inimigos. Por conta deste infame comportamento a humanidade perdeu gloriosos registros e documentos importantes, fora obra de artes, etc.

Pois bem, hoje em dia vemos claramente isto acontecer exatamente na transição pastoral.

O pastor que está saindo elaborou tantos sonhos, lutou, orou, suou a camisa, investiu e cumpriu boa parte do projeto (se não todo), o povo local foi envolvido, algumas pessoas abraçaram a causa e colocou sua paixão, coração; a igreja desenvolveu um tipo de identidade, foi de certa forma mobilizada. Todavia, quando chega o novo pastor (especialmente os Assírios), ele tem o prazer de apagar tudo o que o outro construiu. É aquela famosa ilustração onde as pessoas não querem colocar a azeitona em cima da empadinha dos outros.

A psicóloga Arlete Gomes afirma que um adulto para se autoafirmar precisa ter vivido uma experiência traumática que o fez sentir-se ignorado, rejeitado, esquecido ou colocado em algum lugar inferior. Após viver todos esses percalços, esse adulto não teve condições de superá-los. Sendo assim, ele tornou-se incapaz diante dos valores e das expectativas sociais. Por este motivo, a autoafirmação é manifestada como uma necessidade muito forte de se firmar diante dos outros, afinal, ele quer ser aprovado, reconhecido, elogiado. Essa necessidade de exaltação faz com que esse adulto deixe de olhar para dentro de si, ignorando que é no seu interior que se encontram os reais motivos que irá induzi-lo a parar de almejar o reconhecimento.

A motivaçao destes “pastores assírios” é má, seu interesse não é o reino de Deus e sim seu “reino pessoal”, sua índole não é inclinada ao sentimento em que “todos podem somar na individualidade e comemorar na coletividade”, não mesmo, eles querem “reinventar a roda” para dizer: “fui eu e não ele...”, eles idealizam uma comemoração “para sí”. São pedantes, arrogantes, "interesseiros" e cada ação comprova sua incapacidade.

A incapacidade promove uma luta desenfreada pela auto afirmação de identidade pastoral.
Por falta destes pastores em dar continuidade aos processos que foram sucessos comprovados (eles não conseguem reconhecer porque a mediocridade os cega), a igreja local sente, a mesma igreja sofre, perde-se pessoas e a obra de Deus atravanca porque o Espírito Santo se entristece com esta forma de realizar o ministério pessoal.

Minha primeira igreja como pastor titular foi em Caruaru, PE. Eu era um pastor jovem, recém-formado, cheio de apostilas e livros tipo: “Como fazer para ter a maior igreja do mundo...” Cheguei mudando tudo e apagando tudo o que fosse possível do pastor Euclides, que era o pastor anterior (hoje me lembro de sua feição de tristeza, e isso me dói). Mudei o nome de cultos, horários das reuniões, reloquei os dias dos eventos, pintei o salão, comprei equipamentos, tudo em cima da infame frase: “pastor novo, vida nova”. Como se diz no popular: “deu ruim”. A frequência caiu, as entradas minguaram e o silêncio foi letal. Foi drástico aquele momento, era a minha primeira igreja.

Rapidamente, quando me vi em apuros, liguei para o SD, que na altura era meu pai, Pr. Manoel Murilo Gomes e lhe contei a tristeza do meu primeiro impacto como pastor titular. Papai, era um pastor experiente, na época com 30 anos de ministério, sorriu e me disse: “Filho, eu me esqueci de te aconselhar. A melhor forma de assumir uma igreja é chegar e perguntar: “Como vocês dançam aqui?” e aí você dança com eles, mesmo que não seja a sua dança, até que eles sintam que você se interessou pela dança que eles já estavam acostumados a dançar. Desta forma, você vai ganhar a confiança deles e ai vai chegar o momento, isto é natural e rápido, em que eles vão te perguntar: “pastor, e aí, qual é a sua dança?” então, você pode fazê-los dançar a sua música”.

Pastor que chega numa igreja apagando tudo e implantando sua dança, vai magoar pessoas, ferir outras e entristecer a Deus. Recomece, tente saber o que está terminado, ou em construção, ou que você mexeu que era importante para eles, busque recolocar “o que era do outro pastor”, faça o povo saber que você respeita a liderança passada, embora você saiba que a sua é bem “melhor”. Confesso que foi a minha salvação, e logo depois de 4 meses a igreja estava nos passos da minha dança.

Na transição, dar continuidade no que você encontrou, não significa anular sua vida e ministério, porque o que você é ou o que você tem, se é algo que Deus lhe entregou, nada e ninguém vai arrancar de você. No entanto, Deus tem o momento certo para que tudo isto possa aflorar.

Não se engane! Neste “progresso assírio” uma coisa pior pode acontecer: a igreja te interpretar como arrogante e soberbo; aí será o fim, e pra recuperar, a demora vai ser grande. Uma vez li uma frase: “Não reclame do que você encontrou, porque quando foi feito você não estava aqui para participar”.

Se você deseja ser um pastor humilde, se você almeja ser um pastor que todos amem e gostem, por favor, respeite os marcos antigos, valorize onde as pessoas deixaram seus corações, aos poucos receba o reconhecimento do povo e assim você poderá fazer igual aos Babilônicos (se isto foi uma das coisas boas que eles deixaram), mudar os paradigmas, e mudança de paradigmas constrói uma visão inabalável.

Respeite seu colega que saiu e não tenha medo de colocar azeitona na empada dele, afinal, ambos trabalham para o mesmo Rei e Reino, não é mesmo? A glória não é sua e nem do outro pastor, embora os méritos sejam de ambos, mas a Glória é de Deus que a todos recompensa segundo seu trabalho. Assim você terá a melhor e a maior igreja, enquanto firma-se como o melhor e maior pastor de todos os tempos para aquele povo.

Dar continuidade ao trabalho, suor, esforço e paixão do colega antecessor não significa anular sua visão pessoal e sim, respeitar, honrar, reverenciar o serviço que seu antecessor deixou como legado e a partir dai Deus dará a oportunidade de estabelecer uma igreja maior e melhor, onde as pessoas entendam que o ministério é realizado por obreiros que possuem o mesmo objetivo enquanto trabalham de forma diferente.

Como eu viajo bastante e sou conferencista, encontro muitos pastores tristes no período de seis meses após os concílios, porque o primeiro semestre após as nomeações é o tempo em que os “pastores assírios” destroem tudo o que os outros deixaram para se auto promoverem e chegarem “bombando” na sua estreia. O lado ruim é que vejo alguns colegas cabisbaixos dizendo: “dei meu sangue naquele projeto, sacrifiquei minha família, naquela causa, muita coisa deu certo e o amigo lá mudou tudo e apagou tudo, trocou nomes, etc”. Nesta hora, tudo o que faço e abraçar e consolar colega porque eu já passei pela mesma experiência e sei como dói.

Certa vez, meu amigo, o cantor Dilardino Ferreira, me lembrou do costume dos Leões que ao conquistar a fêmea do leão rival, mata os filhotes. A escritora Maria Ramos, em seu blog: “Toca da Leoa, vida de leão” diz: “Tirando a visão romântica tipo "Rei Leão", as leoas não precisam de um par para sobreviver. Elas são capazes de caçar e de se sustentar. Elas defendem os filhotes e são sociáveis. Elas formam grupos e dividem as tarefas. O leão só se junta ao grupo para "dominá-lo". Você já deve saber que quando há "troca" de leão dominante, o novo macho mata todos os filhotes para que as leoas entrem no cio; eles, na verdade, estão mais interessados em ter um território e ter fêmeas que os alimentem".

Veja o exemplo de João Batista: “eu vim preparar o caminho...” João não tinha problema em colocar “azeitona na empadinha de Jesus” (desculpe o colóquio), o próprio Jesus deu honras a João e ainda disse: “eu vim fazer as obras do meu pai”. Há pastores que dizem com suas ações: “eu vim destruir as obras do meu antecessor”. Bom, fiquemos com a mensagem dAquele que nos envio de fato: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17.21).

A CRISE DO AMOR


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Difama, depois diz que ama. Calunia, depois diz que admira. Fere, depois diz que foi sem querer. Trai, depois diz que fraquejou. Cospe, depois se resolve. Maltrata, depois disfarça. Fofoca, depois encena. Finge, depois se acerta. Nega, depois afirma. Sim, depois não. Jura, mas, se ameaçar, mente.

Há pouca verdade em circulação! É uma pena que nossa malícia tenha crescido tanto a ponto de nos tornar desconfiados em tudo.

Queremos amar, mas sempre temos um pé atrás, uma pulga atrás da orelha. Queremos amar, mas as decepções sugaram nossas forças. Queremos amar, mas temos medo de nos entregarmos de verdade. Queremos amar, mas será que reconheceriam algo tão sublime? Será que existe amor aos moldes de Deus? Será que alguém ama como Jesus ensinou?

Tudo bem, eu sei que subi o padrão demais. É que sempre que pensamos em amor, relacionamos com Deus, porque nEle encontramos a expressão mais-que-perfeita do amor.

Assim como a mentira é coisa dos homens (Números 23.19), o amor é coisa de Deus, porque a identidade de Deus é o amor (1 João 4.8). Daí, deduzimos algumas coisas:

1. Deus é a fonte de todo amor! Não confunda o que chamam hoje de amor com o amor de Deus. Esse amor divino é altruísta, veraz, doador e condescendente. É solidário, generoso, bondoso e benigno. É desinteressado, abnegado, resignado e decidido. Nesse amor, alcançamos salvação, perdão e reconciliação.

2. Deus nos ama! Apesar de nós, Ele nos ama. Incansável, inegável e indesistível. Ele nos espera com paciência. Recebe-nos com festa, mas não esqueça: banho de graça antes das novas vestes. Ninguém abraça o Senhor sem depois se lavar. É que sua santidade, o zelo do seu amor nos constrange. Não dá pra ficar sujo perto dEle. Quem tentou, percebeu a distância (Isaías 59.2).

3. Não há amor onde não há Deus! Nem em família é possível sentir amor sem Deus nos encha antes. Por vezes, confundimos afeição, simpatia, afinidade ou sentimento com o amor. É compreensível tal ignorância e confusão. O amor está em crise, é raro de se ver, de se sentir e de se receber!

Pensando nisso:

1. Assuma o compromisso de amar!

2. Ore a Deus para que ministre em seu coração mais amor!

3. Discirna as oportunidades de amar!

4. Ame sem esperar nada em troca, sem precisar ser visto!

5. Desperte amor nas pessoas!

6. Ame de verdade!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO



Diante de nós, há duas formas de encarar a vontade de Deus:

A primeira, sendo-lhe obediente. Mas só obedecer não resolve. Os fariseus obedeciam a vontade Deus constante em sua Palavra. Eram ávidos para cumpri-la, mas pecavam no próximo passo. A obediência pode ser fruto de uma mente adestrada. Só isso! É fazer o que Deus manda, sem saber porque faz! Nesse processo, obedecer pode ser desastroso.

A lei dizia que toda mulher adúltera deveria ser apedrejada. Pois bem! Trouxeram diante de Jesus uma mulher flagrada em adultério, mas obedecer naquele dia e daquela forma era ignorar os apelos da consciência. Era só cumprir a lei, em completa ignorância. Servir a Deus em ignorância é inútil. Não é isso que Ele quer. Ele quer não apenas servos, Ele quer amigos, que conhecem a razão do serviço. Conheço vários que mantém uma relação com Deus à distância. Ouvem sua voz, mas nunca viram seu aspecto. Veem seu brilho, mas jamais sentem o seu cheiro. É poético, eu sei, mas demonstra o abismo que existe entre eles é Deus que chama a estar mais perto. Como já disse, só obedecem!

A segunda forma de encarar a vontade de Deus é sendo-lhe submisso. Aí sim! A submissão é a capacidade de aceitar a responsabilidade de Deus sob as consequências de seus atos. Quando um servo é submisso, consegue descansar em cada situação. Dois exemplos ilustram bem essa situação: Daniel e Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.

Sob a pena de ser lançado na cova de leões, caso clamasse a outro deus que não fosse o rei, Daniel, submisso a Deus, buscou o Senhor e, como consequência, foi parar na cova. Confiando que sua vida estava nas mãos de Deus, com confiança desceu e, de lá, subiu.

Ameaçados com a fornalha de fogo, submissos a Deus, os três jovens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvaram ante a estátua de Nabucodonosor e foram lançados como juízo a tamanha afronta. Resultado? Saíram de lá completamente ilesos. Ironicamente, a Bíblia diz que "nem cheiro de fogo" havia neles.

Deus quer a nossa obediência a Ele, mas quer nossa submissão também. A obediência é a capacidade de ser guiado. Submissão é a confiança no plano de Deus, independente de onde der!

PELO REINO



No começo eu relutei! Gastei parte de minhas forças em coisas que nada tinha a ver com o propósito pelo qual Deus me chamara. Envolvi-me em questões tolas e perdi, perdi muito. Perdi tempo, perdi forças, perdi. E se não fosse a bondade de Deus, eu teria perdido tudo.

Mas foi só me entregar, foi só dizer: "Conta comigo", que Deus sorriu! E pra dizer que me queria, me amou. E pra provar que me amava, me castigou! E eu sofri, mas sofri nas mãos dEle, pisado por Ele, amassado por Ele. Agora, eu já não dizia o que queria, mas perguntava-Lhe: "Que queres, Senhor?" E quando Ele falava, eu respondia: "Eis aqui o teu servo, cumpra em mim a Tua Palavra!"

Todas as vezes que estou relutante, Ele me manda ajoelhar e orar! Foi a forma que Ele encontrou de me deixar rendido e dependente. Como disse Philip Yancey, "com um espinho no meu pé, consigo pular mais alto". Para me deixar com a cabeça nas alturas, sempre tem um espinho no meu pé. Doído, inflamado, latejante.

Hoje, mais do que mostrar o que posso fazer, tento ser o mais disponível possível. Sinto-me sempre segurando uma plaquinha: "Conta comigo". E dizer a Ele que estava disponível, trouxe algumas bençãos, a principal delas: minha família disponível também! Não escolhemos mais nada pra nós, confiamos todas as consequências a Ele!

Pelo Reino!

JÁ OROU HOJE?


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Sempre vai ser mais difícil se você não orar! Vai ser insuportável se você não tiver a direção do alto! Vai ser doloroso o caminho se tentar por si mesmo! Por isso, por mais improvável que seja, por mais corrido que sejam os seus dias, NÃO DEIXE DE ORAR!

A principal causa da tragédia que a Igreja enfrenta hoje é devido ao abandono da velha prática da oração. Somos uma Igreja moderna, rica e reverenciada, mas fraca, desviada e sem propósito algum!

Nossas maiores concentrações têm como fim propósitos terrenos, carnais e, às vezes, diabólicos. Satanás ciranda entre nós a vontade! Não sente mais temor, nem desconforto. Ele acha divertido o que consideramos sério!

Os líderes já não se curvam diante de Deus em oração. Por isso, os rumos são adulterados e antibíblicos. Menos oração na Igreja corrói a originalidade. Mais oração torna Deus o centro e a razão de ser da Igreja.

A oração te levará à dependência de Deus. A intelectualidade, habilidades e capacidades ficarão subordinadas à oração. Não adianta você ter TUDO se não tem NADA de Deus! A obra de Deus depende de Deus, porque é feita pra Deus! Os rumos, propósitos e decisões são tomadas quando nossa voz entra no céu!

Outra coisa que considero importante destacar é que, se não conseguimos mudar as coisas por nossas palavras, podemos mudar com a nossa oração. Creio muito que quando oramos, portas se abrem. Nenhum trono humano fica em pé quando homens oram!

Já orou hoje? Ore outra vez! Já outra vez? Ore um pouco mais, mas sempre ore!

O DIABO DO MEU EU!


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Quase sempre, terceirizamos nossas culpas. Somos ávidos em nos livrarmos de acusações, considerando-nos, interiormente, impecáveis. E se tivermos um bode expiatório, lhe transferimos a transgressão. No íntimo, sabemos que não resolve, mas se conseguimos adiar o juízo de Deus por algum tempo, melhor. Mas nem sempre funciona.

Nem sempre é o diabo! E eu sei que ele é o mal em pessoa, mas nem tudo é ele. A maioria das vezes, ele só observa. Vê de longe o quão mau podemos ser! Tenho certeza que a eternidade vai nos mostrar um monte de coisas que lhe demos autoria, mas que eram atos só nossos!

A explosão, a ira, o ódio, a mágoa, o rancor, a vingança, a suspeita... Satanás só se aproveita de nossas fraquezas. Ele nos descobre o ponto fraco e aí, já era! Incita-nos de diversas maneiras e nós caímos como patinho. Veja o exemplo de Adão e Eva. O primeiro casal falava diariamente com Deus e, intuitivamente, conhecia o projeto de Deus para eles, mas bastou uma conversinha com o diaboloi e eles afundaram. Duvidaram do que Deus realmente lhes dissera e acreditaram na primeira mentira da humanidade. Sabemos que o diabo foi bastante perspicaz nessa investida, mas vamos combinar que eles podiam resistir, podiam ficar com o discurso de Deus e não com a explicação do diabo. Satanás encontrou terreno fértil em seu coração. E eles caíram!

O mesmo acontece hoje em dia! Culpamos a Satanás pelos nossos pecados, mas ele só ganhou espaço nas brechas que lhe abrimos. Como escreveu C. S. Lewis: "Satanás é um psicólogo excepcional. Sabe o que faz os nossos olhos brilharem". É essa leitura que faz de nós que capacita a ser tão eficaz. Nosso corpo fala mais alto que nossa declaração de fé! Por isso, tenho medo dos cristãos que só se apresentam na coletividade, que só tem expressão de fé em público.

Não quero que pense que atuo em defesa do inimigo, numa espécie de advogado do diabo. Não é isso! Mas vejo em nós muito combustível para o que o diabo planeja incendiar. Ele tem logrado êxito contra muita gente, porque sempre encontra o que procura.

Pense comigo: se Satanás descobre que os problemas familiares lhe afastam da comunhão com a Igreja, o que acha que ele vai fazer? Você sabe a resposta, mas faço questão de escrever: ele fará com que venha uma torrente de problemas sobre você. Seus emissários não descuidarão de você um só momento! Ele tem a faca e o queijo na mão e foi você quem deu! Agora vamos imaginar o contrário disso. Vamos supor que ele saiba que você se abate com os seus problemas, mas diferente de muitos, busca consolo em Deus através da adoração, oração e comunhão e que quanto mais ele incita, você mais cheio de esperança em Deus fica. O problema que devia ser a razão de queda, tornou-se a explosão de sua fé. "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tiago 4.7). "Não deis lugar ao diabo" (Efésios 4.27).

Lembro ainda das palavras de Paulo a Timóteo, em sua segunda epístola: "Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade" (2 Timóteo 2.25, 26). Até os que resistem a verdade são presas de Satanás! Quantos estão assim - escravizados, humilhados e envergonhados por esse agente do mal, simplesmente porque deram espaço demais!

Na parábola do semeador, Jesus disse: "Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram" (Mateus 13.4). Na explicação, disse: "Quando alguém ouve a mensagem do Reino e não a entende, o Maligno vem e lhe arranca o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho" (Mateus 13.19). Parece que o diabo faz muita coisa então. Uma atitude simples, passiva, como a de ouvir a Palavra de Deus, posso resultar numa ação diabólica. Tudo porque os que ouvem, não buscam entender e quando entendem, não a põe em prática. Resultado: Satanás arranca-lhes do coração! Terrível isso. E pensar que ficamos tão desinteressados ante a exposição das Escrituras. Não percebemos que é justamente isso que o diabo quer: uma mente que vagueia em pensamentos e retém pouco do que ouve.

"O que foi semeado em boa terra: este é aquele que ouve a palavra e a entende, e dá uma colheita de cem, sessenta e trinta por um" (Mateus 13.23). Na mente dos que entendem a Palavra não há espaço para atuação diabólica. São resistentes mesmo diante dos apetitosos pratos que inimigo lhes oferece! Toda vez que a mente duvida do que Deus diz, acreditará no que diz o diabo.

Portanto, segue alguns conselhos:

- Medite diariamente nas Escrituras. Discipline-se quanto a isso. Sabemos da agitação da nossa rotina, mas aproveite as idas e vindas em seu carro ou no ônibus. Se conseguir policiar quanto a isso, vai ver que é possível!

- Tenha sempre uma passagem bíblica para relembrar enquanto realiza os seus trabalhos. Uma das formas de manter inimigo longe é submetendo-se a Deus (Tiago 4.7).

- Permita que a Palavra de Deus faça parte de seus assuntos durante o dia. Costumamos enviar frases aos amigos e postar pensamentos nas redes sociais; por que não usar o poder das Escrituras nisso também?

- Decore passagens bíblicas. Parece bobo esse hábito, mas tem um efeito poderoso naqueles que o fazem. Para exemplificar, meu avô leu a Bíblia durante toda a sua jornada cristã. Conheceu o Evangelho e passou a dedicar-se a longas horas de leitura. Fez isso até os 80 anos de idade, quando perdeu parte da visão. Eu mesmo comprei-lhe algumas bíblias com letras maiores, por fim, não serviu mais. Você acha que ele se deu por vencido? De jeito nenhum! Através da internet, passou a 'ouvir' a Bíblia. Há algum tempo, vi uma das cenas mais lindas da minha vida: com as luzes de seu quarto apagadas, pude ouvir sua voz fraca recitar o primeiro versículo de cada livro da Bíblia, de cor!

Somos vazios de Deus e a culpa é nossa! Descuidamos do primordial para dar espaço ao supérfluo. Vida rasa, distante de compromisso, andarilhos sem rumos, sendo que Deus nos deu sua palavra para que não nos perdêssemos. Somos profundos em teologia, mas rasos de vida com Deus. Somos peritos em dogmas, mas leigos na comunhão. Temos muita luz na cabeça, mas sem fogo no coração!

D. A. Carson diz que "a principal arma de Satanás é enfraquecer o testemunho dos cristãos". Ken Ham escreveu que "as igrejas estão enfraquecendo o Evangelho para não perder os fiéis". Somos os ativos no insucesso do Evangelho.

Queria poder escrever que somos as vítimas, mas não somos. Na última instância, sim, mas na primeira não. Somos a pólvora da explosão contra nós mesmos. Uma série de pecados poderiam ser evitados com o conhecimento que temos, mas não, não conseguimos conter o prazer que ele proporciona. Sabemos o que faz mal a Igreja, mas não conseguimos conter a adrenalina que é participar do oculto. Quantas vezes, comemos o que nos faz mal? Quantas vezes ingerimos o que nos prejudica? Mas o prazer é mais forte, mesmo com prejuízos. Assim também é o pecado. Gosto da descrição de Lewis sobre a tentação e o tentador. Em seu livro Cartas do diabo a seu aprendiz, ele escreve: "O tentador se apresenta vestido de branco, com um jaleco escrito 'professor de teologia'. Na mão, um delicioso bolo de chocolate com cobertura de chantilly e muito açúcar. Prove o primeiro pedaço e você terá lhe dado o espaço que precisa". Isso é trágico!

Douglas Gonçalves disse que "Satanás não está preocupado em fazê-lo pecar. Ele sabe que todas as vezes que pecamos e corremos para a cruz, somos perdoados em Cristo. O que Satanás quer é que joguemos o tempo fora e, para isso, ele nos enche com entretenimento, uma enorme quantidade e diversidade deles, e aí, de tanto nos divertir, cansamos e já não resta mais tempo para o sério da vida cristã". Ninguém está aqui dizendo que você não pode ter seus momentos de lazer, desde que faça isso para a glória de Deus. Há tanto para nos ensinar, que só eternidade será suficiente para isso.

Vejo tanta instrução na lei de Deus e sei que muitos pensam que é só um conjunto de um monte de coisas que você não pode fazer. Não vejo assim, nem nunca acreditei assim. Por exemplo, quando Deus deu o decálogo ao povo de Israel e que serve de parâmetro para todos os povos da terra, acha mesmo que era só isso que ele estava dizendo? Acha mesmo que é só pecados que você não deve cometer? Permita-me explicar. Quando Deus disse: "Não terás outros deuses além de mim" (Êxodo 20.3), também queria dizer: "Não ponha nada em meu lugar!" Quando disse: "Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra" (Êxodo 20.4), também queria dizer: "Aprenda a lidar com um Deus que é espírito e invisível". Quando disse: "Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus, pois o Senhor não deixará impune quem tomar o seu nome em vão" (Êxodo 20.7), também queria dizer: "Faça valer a sua palavra". Quando disse: "Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo" (Êxodo 20.8), também queria dizer: "Administre bem o seu tempo". Quando disse: "Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor teu Deus te dá" (Êxodo 20.12), também queria dizer: "Seja um filho exemplar". Quando disse: "Não matarás" (Êxodo 20.13), também queria dizer: "Preserve toda forma de vida". Quando disse: "Não adulterarás" (Êxodo 20.14), também queria dizer: "Invista em seu casamento". Quando disse: "Não furtarás" (Êxodo 20.15), também queria dizer: "Respeite o que é do outro". Quando disse: "Não darás falso testemunho contra o teu próximo" (Êxodo 20.16), também queria dizer: "Fale sempre o que é bom e verdadeiro". Quando disse: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença" (Êxodo 20.17), também queria dizer: "Seja grato pelo que tem e vá viver sua vida". Percebeu? Não é uma lista de coisa que não podemos fazer, mas uma lista de coisa que podemos e devemos fazer. Não é o que diz a doutrina, mas o que está por trás da doutrina.

O básico da vida cristã é o mais essencial. O que muitos desprezam por ser simples demais é o que torna a vida cristã em vida cristã. Ainda me assusta ver cristãos que repelem toda prática cristã. Não consigo aceitar isso! Repito: o básico é o mais essencial!

Termino por onde comecei: quase sempre, terceirizamos nossas culpas. Se formos honestos, veremos que a culpa é nossa. Perdemos a motivação quando deixamos de olhar o Cristo. Perdemos a graça quando degustamos o pecado. Uma irmã, contando o modo de se prevenir das fofocas na igreja, disse-me: "Chego depois do início do culto e saio antes de terminar". Uau! Será? Eu disse-lhe: "Também nunca mais ganha um abraço, um beijo, e outro tanto que só a vida em comunidade pode dar".

Por isso, para não ser mais vítima, aconselho:

- Assuma a responsabilidade de sua vida hoje. Não terceirize mais! Não viva pela piedade dos outros.

- Discirna os espaços que inimigo tem alcançado em sua vida e extermine-os agora.

- Fuja de toda espiritualidade fácil. Vida com Deus é simples, mas isso não quer dizer que é fácil. Ser cristão é simples, mas é sério!

- Volte ao básico da vida cristã. Oração, Palavra, jejum, comunhão - não parece atraente, mas os efeitos são poderosos.

LIVRE, MAS LIMITADO

Você é livre, é verdade. Inteiramente livre. Profundamente livre. É livre como nunca foi. Mas ainda que sejamos livres para fazer o que quis...